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Tagliaferro anuncia que enviou denúncia contra Moraes aos EUA

  • Foto do escritor: elnewspva
    elnewspva
  • 2 de out.
  • 3 min de leitura

Perito foi assessor no gabinete do ditador de toga na época do TSE e das eleições

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O perito Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do supremo ministro ditador Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que entregou documentos a autoridades dos Estados Unidos com acusações contra o magistrado. Segundo ele, parte do material já foi utilizada para fundamentar sanções aplicadas pelo governo norte-americano. “O material já se encontra em poder deles”, afirmou.

Tagliaferro foi abordado pela polícia italiana em sua residência e conduzido à delegacia. “Eles chegaram por volta das 4 horas, tocaram a campainha, me informaram que tinham um ofício para me entregar, e que eu deveria acompanhá-los até a central dos Carabinieri aqui na Itália, somente para ser cientificado de um ato feito pela corte italiana referente a um pedido do Brasil”, disse.

Tagliaferro ressaltou que não chegou a ser preso na Itália. Ele foi conduzido à delegacia apenas para ser cientificado do pedido feito pelo Brasil, prestou esclarecimentos e acabou liberado em seguida. De acordo com ele, a única medida cautelar aplicada foi a proibição de deixar a cidade onde vive. “A única cautelar que tenho é não sair da cidade, não tem restrição de hora, não tem restrição de rede social, de internet, de nada”, relatou.

O processo de extradição, segundo os advogados de defesa, pode levar de sete meses a dois anos. “Normalmente o processo de extradição dentro da Itália leva em torno de dois anos, de sete meses a dois anos, tudo vai depender da velocidade”, afirmou.


Crimes imputados a Tagliaferro não são penalizados na Itália

As acusações contra Tagliaferro envolvem o vazamento de mensagens trocadas com servidores do Judiciário. “Eles me acusam de ter vazado conversas sigilosas entre eu e os servidores dos tribunais, agora como organização criminosa, e o famoso lado do golpe, atentado violento contra o Estado Democrático de Direito”, disse. “Agora eu virei um golpista.”

Ele sustenta que divulgou condutas irregulares atribuídas a Moraes e sua equipe. “Na verdade, o que foi vazado são crimes, são atitudes erradas cometidas pelo próprio Moraes e a sua equipe”.

Tagliaferro declarou que os crimes pelos quais é acusado no Brasil não configuram delito na Itália. Segundo ele, “se esses dados vazados são crimes de uma pessoa, não é crime, é o contrário, você recebe até uma recompensa”, afirmou. “É obrigatório fazer isso na Itália. Então, o que o Moraes está fazendo aqui não tem tanto efeito hoje.”

O perito também declarou que não assinou termos de sigilo que impedissem o compartilhamento de mensagens. “As conversas entre eu e os magistrados se deram entre celulares de pessoas privadas, celulares pessoais e não celulares corporativos. Tratava-se de conversas entre eu e os magistrados nos nossos próprios telefones”, explicou.


Repercussão internacional

Tagliaferro afirmou que a tentativa de inclusão de seu nome na lista da Interpol foi negada. “Houve sim uma tentativa de inclusão do meu nome à Interpol, só que ela foi negada”, relatou. “Porque se de fato meu nome estivesse na Interpol, eu já estava detido.”

Ele também comentou que, até o momento, autoridades italianas não têm conhecimento das sanções internacionais contra Moraes. “A Itália não está sabendo, percebo que eles não têm noção do que acontece com o Brasil”, afirmou. “Eles não sabem sequer quem é Moraes, qual é o poder que ele tem, e muito menos que se trata de um sancionado pelos Estados Unidos.”

O perito declarou ainda que seguirá suas denúncias. Com relação ao Brasil, até sei, vou ser condenado, vou ser um monstro, mas quero, sinceramente, desculpa, quero que ele se dane e vou continuar denunciando ele”.

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