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Segurança de Andreson preso é ex-sargento da PM e acusado de calote em banco

  • Foto do escritor: elnewspva
    elnewspva
  • 5 de out.
  • 3 min de leitura

Dejair já foi detido em dezembro de 2008, acusado de colaboração com o tráfico de drogas prevalecendo-se de função pública

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O ex-sargento da Polícia Militar Dejair Silvestre dos Santos, preso na sexta-feira (3) pela Polícia Federal, já foi detido em 2008 por suposta colaboração com o tráfico de drogas prevalecendo-se de função pública. Além disso, Dejair é alvo de ação de busca porque teria dado calote de R$ 108 mil num financiamento junto ao Banco Bradesco, já neste ano. Na sexta-feira, ele foi detido sob acusação de tentar obstruir as investigações em face de Andreson de Oliveira Gonçalves, lobista e principal alvo da operação Sisamnes, que investiga esquema de negociação de sentenças no Judiciário Nacional.

Segurança particular do lobista, Dejair foi detido acusado de tentar impedir que os agentes federais acessassem o celular de Andreson, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão expedido pelo ministro Cristiano Zanin, relator da Sisamnes no Supremo Tribunal Federal (STF). A ofensiva foi realizada nesta manhã na casa de Andreson, em Primavera do Leste, onde ele cumpre domiciliar desde julho por suposta debilitação do seu estado de saúde.

Preso enquanto aguarda passar por audiência de custódia no STF, Dejair já foi detido em 31 de dezembro de 2008, acusado de colaboração com o tráfico de drogas prevalecendo-se de função pública e violação de sigilo funcional. Na Justiça Estadual, esse processo tramita sob sigilo, mas a reportagem conseguiu acessar um habeas corpus em que ele buscava a revogação da prisão no Superior Tribunal de Justiça, que, por ordem do então ministro Napoleão Nunes Maia Filho, lhe negou o pedido já em setembro de 2009.

Além disso, Dejair entrou na mira de ação de busca e apreensão movida pelo Banco Bradesco. As partes firmaram, em 2023, financiamento de R$ 127 mil para que o ex-sargento pudesse comprar um Jeep Compass modelo 2023, com vencimento em 2028. No entanto, ele se tornou inadimplente a partir de março deste ano, quando deixou de quitar as parcelas. Em setembro, quando o Banco ajuizou o processo, a dívida vencida era de R$108 mil.

Na quinta-feira (2), então, a juíza Rachel Fernandes Alencastro Martins, da 1ª Vara Especializada em Direito Bancário de Cuiabá, deferiu a liminar pleiteada pelo Banco e ordenou que o veículo seja apreendido, autorizando ainda força policial e arrombamento em caso de resistência.

“Para o efetivo cumprimento do mandado, defiro as diligências. Fica autorizado o reforço policial e a ordem de arrombamento, caso restar evidenciada a resistência da parte requerida em cumprir a ordem constante do mandado, servindo a presente decisão para protocolo junto ao Comando Militar. Posteriormente o Oficial de Justiça deverá justificar, por meio de certidão, a necessidade da requisição ao devolver o respectivo mandado. Caso a Instituição financeira informe nova localização do veículo, expeça-se mandado independentemente de nova conclusão”, anotou a juíza.

O advogado Lucas Curvo, responsável pela defesa do sargento, informou por meio de nota que ainda não teve acesso integral às circunstâncias da prisão de hoje. A defesa também lamentou a exposição do cliente e afirmou que acompanhará o PM na audiência de custódia, que será conduzida no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), sob responsabilidade do juiz designado pelo ministro Cristiano Zanin.


Operação Sisamnes

As investigações da PF começaram em agosto de 2024, após a apreensão do celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado a tiros em 2023. Nas mensagens encontradas, surgiram indícios de negociação de decisões judiciais, o que levou ao afastamento dos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, e do juiz Ivan Lúcio Amarantes.

Segundo a Polícia Federal, o lobista Anderson de Oliveira Gonçalves atuava como principal intermediário e beneficiário do esquema milionário, aproximando advogados dos magistrados, inclusive do STJ, o que levou o Supremo a avocar caso.




fonte: OlharJuridico


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