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Marco Aurélio comenta gesto obsceno de Moraes: "Achei que era montagem"

  • Foto do escritor: elnewspva
    elnewspva
  • 1 de ago.
  • 2 min de leitura

Magistrado integrou o Supremo Tribunal Federal entre 1990 e 2021

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O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, comentou nesta quinta-feira, 31, a sanção imposta pelos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, bem como o gesto obsceno feito por ele em um estádio de futebol.

Em entrevista ao jornalista Claudio Dantas, Mello afirmou ter ficado surpreso com a atitude do antigo colega e disse que, a princípio, acreditou que o vídeo fosse falso: “Quando vi essa imagem, pensei que fosse montagem, que fosse fake news“, confessou. “Não acreditei que ele pudesse realmente praticar esse ato que sabemos que é obsceno.”

O gesto, um dedo médio erguido em resposta a vaias recebidas durante um jogo de futebol em São Paulo, ocorreu no mesmo dia em que o Tesouro dos Estados Unidos anunciou a inclusão de Moraes na lista de sanções da Lei Magnitsky. A medida implica, entre outros efeitos, no bloqueio de bens em território norte-americano.

Sobre a sanção, Mello demonstrou surpresa com o ineditismo da medida e demonstrou desconforto com a postura do governo norte-americano. “Não poderíamos jamais imaginar que um integrante da mais alta corte brasileira fosse alvo de retaliações por um país que temos como um país irmão”, disse.

O ex-ministro avaliou que o episódio reflete um momento delicado: “Qual é o período que nós estamos vivendo no país?”, perguntou. “Precisaremos fechar o país para ter uma correção de rumos?”, e acrescentou: “Hoje, os integrantes do Supremo […] só conseguem sair a público acompanhados de um contingente de seguranças. Alguma coisa está errada.”

Mello também criticou o alargamento das competências do STF. “O Supremo não é competente, por exemplo, para julgar os arruaceiros de 8 de janeiro, os cidadãos comuns”, avaliou. Segundo ele, esse tipo de atuação prejudica o cidadão ao negar o “juiz natural” e o “direito a um recurso de revisão”, o que considera um “retrocesso cultural”.

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