Imagens mostram Ministro no Planalto e parceria no vandalismo. Deputados querem derrubar governo

CNN consegue imagens inéditas que mostram o envolvimentos do Governo do ex presidiário nos atos de vandalismo. Aliados do 9 dedos querem a cabeça do Ministro. Deputados querem o impeachment do líder da quadrilha

Imagens divulgadas nesta quarta-feira, 19, pela CNN mostram que o ministro Gonçalves Dias, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), circulou e orientou os vândalos que depredaram o Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. As cenas exibidas detalham como o GSI agiu naquela tarde, levantando suspeitas de colaboração com o bando. Na ocasião, a sede do Supremo Tribunal Federal, a do Palácio do Planalto e a do Congresso Nacional foram invadidas.

O material divulgado pela emissora destaca que integrantes do GSI recuaram no momento em que os primeiros manifestantes invadiram o Palácio do Planalto.

Uma viatura deixou o estacionamento do Palácio do Planalto minutos antes de os primeiros manifestantes entrarem. Depois, homens que formavam um escudo, também recuam. Já no estacionamento, outros policiais montaram uma barreira de isolamento, mas a metros dos manifestantes.

As imagens mostram ainda que um segurança do local deixou o posto em meio às manifestações ocorridas em Brasília no dia 8 de janeiro. Além disso, é possível ver que membros do GSI cumprimentam e chegam a entregar garrafas de água a alguns manifestantes — outro não reagiu ao ver um homem pegar um extintor.

As imagens que mostram a atuação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República movimentam a oposição ao desgoverno do ex presidiário, nesta quarta-feira, 19. Pelas redes sociais, deputados federais cobram pela instalação da CPMI do 8 de janeiro. Alguns parlamentares chegam a falar no impeachment do petista.

Ao compartilhar o vídeo em seu perfil no Twitter, o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) criticou o ministro-chefe do GSI, o general Gonçalves Dias. De acordo com o congressista gaúcho, o militar escolhido pelo líder da quadrilha, para a função, “contribuiu para a depredação”. Para Hattem, o governo federal está acobertando Gonçalves Dias. Com isso, pediu: “Impeachment já”.

Em evento oficial nesta quarta-feira, 19, o ex presidiário ainda tentou voltar a atacar Bolsonaro e a direita brasileira e voltou a afirmar que “cada golpista” que participou das manifestações de 8 de janeiro, que culminaram com a invasão dos prédios da Praça dos Três Poderes, será julgado. No entanto, ele se calou sobre a presença de seu ministro do Gabinete Segurança Institucional (GSI) no Planalto no momento da invasão.

O ministério chefiado por Gonçalves Dias, que já foi considerado o “sombra” do 9 dedos, por fazer a segurança pessoal do ex presidiário durante a campanha, afirmou, ainda, que não autorizou ou liberou as imagens divulgadas nesta quarta-feira, as quais teriam sido liberadas apenas aos órgãos de investigação.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) acredita que o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Gonçalves Dias, deve ser preso. Isso, segundo o parlamentar, em decorrência do que ocorreu em meio às manifestações de 8 de janeiro.

Para isso, Ferreira avisou, por meio de seu perfil no Twitter, que pediu a prisão do ministro do ex presidiário que é General, que estava no Palácio do Planalto quando houve a invasão ao prédio. O parlamentar afirma que encaminhou uma notícia-crime contra Dias à Procuradoria-Geral da República (PGR). O deputado quer a PGR atuando junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) no caso.

“No mesmo entendimento do Alexandre de Moraes, que decretou a prisão do Anderson Torres sob alegação de omissão na defesa dos prédios federais, estou pedindo a prisão do ministro do GSI, general Goncalves Dias, que estava dentro do palácio [do Planalto] no momento da invasão e claramente se omitiu”, afirmou Nikolas Ferreira em postagem nas redes sociais.

As imagens mostradas pela TV CNN não deixam dúvidas daquilo que se sabia em todos os corredores de Brasilia. O Governo teve participam ativa nos atos de 8 de Janeiro, seja como colaboracionista, seja como mentor ou mesmo como incentivador, o que torna o governo um crimenoso a luz da Lei e passível de impedimento de continuar governando.