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Fusão torna rei saudita sócio da Marfrig

  • Foto do escritor: elnewspva
    elnewspva
  • 15 de set.
  • 2 min de leitura

Cade aprova a criação da MBRF, a fusão de dois gigantes do agronegócio nacional

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O caminho ficou livre para a criação da MBRF, resultado da fusão entre Marfrig e BRF. Nesta quinta-feira, 5, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a proposta, que dá origem a um conglomerado brasileiro capaz de gerar R$ 150 bilhões por ano — já nascendo com um dos sócios mais poderosos do mundo: o rei da Arábia Saudita.

Criada e controlada pelo empresário Marcos Molina, a Marfrig é um dos gigantes do agronegócio brasileiro. A empresa tem papel no abastecimento mundial de carne bovina. Suas operações se estendem do Sul ao Norte do globo. No mercado norte-americano, por exemplo, o grupo está entre os três maiores fornecedores desse tipo de alimento.

A BRF é outro gigante brasileiro com presença global, mas com tradição maior no processamento de carnes suínas e de frango. A relevância internacional no mercado de aves atraiu a atenção da realeza saudita, que passou a investir na companhia por meio do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita.

Os frangos são a fonte de proteína animal mais barata para os muçulmanos, religião predominante na Arábia. Daí o interesse real — um trunfo nas mãos do empresário brasileiro para ter mais acesso ao mercado árabe de carne bovina.


Marfrig dona da BRF

Em 2023, Molina conseguiu transformar a Marfrig na controladora da BRF, com participação acionária superior à da própria monarquia saudita. Hoje, a companhia brasileira detém 50% das ações, enquanto o rei da Arábia Saudita possui 11%.

Poucos meses depois de Molina conquistar o controle, Sadia e Perdigão (as duas principais marcas da BRF) passaram a vender carne bovina fornecida pela Marfrig. Daí por diante, a fusão completa entre as duas companhias passou a depender apenas da aprovação dada nesta quinta-feira pelo Cade.

Depois da fusão, as cotas da BRF que pertencem à realeza serão convertidas em ações da MBRF. Será o segundo frigorífico com expressão no mercado bovino brasileiro a entrar no portfólio das Arábias.


O outro frigorífico do rei

A BRF não é o único investimento do rei saudita nos produtores de carne do Brasil. Outro destaque no portfólio real é o Minerva, um dos grandes grupos frigoríficos de carne do Brasil.

O fundo saudita detém 25% das ações da Minerva. Até hoje, a sociedade com a casa real foi proveitosa. Grande parte do lucro vem das vendas de carne bovina para o mercado árabe. Resta saber como ficarão essas relações, agora que o rei se tornará sócio do novo negócio.



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