top of page

Últimas Notícias

Ex-assessor de candidata da oposição assume direção de Hospital particular conveniado em Nobres e transforma unidade de saúde em símbolo de má gestão e bandeira política

  • Foto do escritor: Ely Leal
    Ely Leal
  • há 19 minutos
  • 3 min de leitura

Apesar da Prefeitura Municipal ter garantido os repasses financeiros rigorosamente em dia os médicos da unidade relatam atrasos nos pagamentos

Em um enredo digno de indignação popular, profissionais da saúde do Hospital Laura de Vicuña, em Nobres, vivem dias de tensão e instabilidade. Apesar da Prefeitura Municipal ter garantido os repasses financeiros rigorosamente em dia — conforme vídeo institucional divulgado ainda na primeira quinzena de maio pelo secretário de Fazenda, Amilton Barreto — os médicos da unidade relatam atrasos nos pagamentos e incertezas que afetam diretamente suas vidas e o serviço prestado à população.

Segundo matéria publicada no site Notícias Nobre, nesta quinta-feira (22), a situação se agravou com relatos de médicos recém-contratados enfrentando sérias dificuldades financeiras. Muitos receberam apenas parte do pagamento e aguardam, com crescente angústia, o restante dos honorários. Enquanto isso, a população, que já vinha reclamando da qualidade do atendimento, tem enfrentado longas esperas e um ambiente cada vez mais degradado.

Um dos pontos mais revoltantes é o descaso com a recepção principal do hospital, que continua destruída desde o episódio em que uma recepcionista foi vítima de assédio por um paciente em surto. O homem, que exigia acesso a equipamentos, vandalizou a área, danificando cadeiras, bebedouros e o balcão de atendimento. Desde então, a recepção segue inutilizada, sem qualquer sinal de reforma por parte da nova direção da unidade, que está sob comando do advogado e agora diretor geral, Dr. Silvério Soares.

Sem qualquer alternativa digna, pacientes — incluindo os que procuram atendimento particular — estão sendo recebidos de forma improvisada no setor do laboratório São Bento, instalado em um corredor lateral, o que expõe ainda mais o desrespeito com a população e o despreparo administrativo da atual gestão hospitalar.

Questionada sobre os atrasos nos pagamentos, a direção do hospital emitiu uma nota de esclarecimento alegando que houve um "pequeno atraso" por fatores externos à gestão e prometendo regularização nos próximos dias. A nota, no entanto, contrasta fortemente com os relatos obtidos pela imprensa local e com o clima nos corredores da unidade: médicos visivelmente descontentes e pacientes revoltados com o atendimento precário.

LEIA A NOTA DE ESCLARECIMENTO - MATÉRIA CONTINUA ABAIXO

Equipes de veículos de comunicação de Nobres e Regional estiveram no hospital ainda na tarde da quinta-feira (22) e após serem atendidas com cordialidade por duas recepcionistas, nossas equipes conversaram informalmente com o diretor Dr. Silvério Soares, que chegou a sugerir que médicos falariam com a imprensa. No entanto, os profissionais "selecionados" por ele se recusaram a se pronunciar, o que só aumentou o mistério e a desconfiança sobre os reais motivos por trás da crise.

Resta saber: os entraves para sanar problemas tão básicos como o pagamento de médicos e a reforma da recepção têm origem administrativa ou política? Não custa lembrar que o atual diretor do hospital, Dr. Silvério Soares, atuou como assessor jurídico da candidata derrotada à prefeitura, Dra. Simone Mendes (PSB), cuja coligação foi vencida por apenas 500 votos pela chapa do atual prefeito Zé Domingos (UB). Coincidência?

A Prefeitura de Nobres reforçou, por meio de nota, que a dívida contratual com o hospital já foi praticamente toda quitada — dos R$ 1.417.000,00 reconhecidos, R$ 1.309.000,00 já foram pagos. O restante aguarda apenas consolidação de dados técnicos.

“A prefeitura pagou o contrato, nada mais deve. Tudo foi feito com transparência”, afirmou Amilton Barreto.

ASSISTA AO VÍDEO - MATERIA CONTINUA ABAIXO

Transparência essa que agora parece faltar dentro da própria unidade hospitalar e enquanto a população continua tendo que entrar por portas laterais, dividindo espaço com áreas laboratoriais, e os médicos aguardam seus pagamentos sem saber quando — ou se — serão regularizados, a gestão hospitalar mantém o discurso de normalidade, mas evita enfrentar os fatos com a devida seriedade.

Fica a pergunta: até quando Nobres assistirá calada à deterioração de um hospital que, no papel, deveria representar acolhimento, saúde e dignidade?



Fonte: Pilão de Notícias Com Informações do Página 1

Comments


bottom of page