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Aluna torturada dentro da escola em Mato Grosso. Polícia conclui inquérito

  • Foto do escritor: elnewspva
    elnewspva
  • 7 de ago.
  • 2 min de leitura

Internação das alunas foi decisão proferida após a conclusão do inquérito que apontou práticas semelhantes às de uma organização criminosa entre as estudantes

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A Justiça determinou a internação das adolescentes que torturaram uma colega de 12 anos dentro da Escola Estadual Carlos Hugueney, em Alto Araguaia. A decisão foi anunciada ontem quarta-feira (6), após a conclusão do inquérito da Polícia Civil.

Segundo a polícia, as adolescentes apreendidas serão encaminhadas para uma unidade do sistema socioeducativo na capital, onde deverão cumprir a medida de internação provisória.

Embora quatro estudantes estejam diretamente envolvidas no caso, apenas três foram apreendidas. Isso porque uma das envolvidas tinha 11 anos na data da agressão, idade que, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), impede a aplicação da medida socioeducativa de internação.

As agressoras, com idades entre 11 e 14 anos, mantinham um grupo na escola "inspirado em facções criminosas", segundo o delegado Marcos Paulo Batista de Oliveira, responsável pelo caso.

A investigação ouviu cerca de dez pessoas, incluindo as adolescentes envolvidas, os pais, a direção da escola e a vítima. Em depoimento, as menores confessaram as agressões e relataram que outras quatro alunas já haviam sido agredidas pelo mesmo grupo, também como forma de punição.

Com base nas provas colhidas, a Polícia Civil concluiu o inquérito e encaminhou ao Ministério Público, sugerindo a internação das adolescentes pelos atos infracionais análogos aos crimes de tortura e integração de organização criminosa, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Durante os depoimentos, as suspeitas confessaram ter agredido outras quatro colegas em situações semelhantes. Os celulares das adolescentes foram apreendidos e os vídeos das agressões foram localizados pela polícia.

A investigação também revelou que algumas das alunas envolvidas têm histórico familiar ligado a facções criminosas, o que pode ter influenciado a criação do grupo dentro da escola. Uma das adolescentes já havia sido conduzida à delegacia por estar em companhia de membros de uma facção, um deles portando drogas.

A Polícia Civil informou que irá recomendar ao Ministério Público a internação das adolescentes envolvidas.

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) informou que está investigando o caso e que equipes da gestão da escola e da Diretoria Regional de Educação foram mobilizadas para prestar apoio psicológico à vítima, aos envolvidos e às famílias do estudantes. O estado de saúde da vítima não foi divulgado.

A pasta também destacou que pretende aplicar "punições exemplares dentro do que permite a legislação", mas não especificou quais medidas foram tomadas contra as alunas envolvidas.








Fonte: G1-MT


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