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Advogado de Trump chama caso Filipe Martins de "aterrorizante"

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    elnewspva
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura

O Wall Street Journal relata que as investigações seguem em curso e que há indícios de “penetração estrangeira dentro do CBP”

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O advogado norte-americano Martin De Luca, representante da Trump Media, reagiu neste domingo, 19, a artigo publicado pelo jornal nova-iorquino The Wall Street Journal sobre o caso de Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro. Em publicação nas redes sociais, De Luca classificou a situação como “aterrorizante” e levantou dúvidas sobre a integridade de sistemas do governo dos Estados Unidos.

Segundo o jornal, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), utilizou um registro falso da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP, na sigla em inglês) para justificar a prisão preventiva de Martins. O documento registrava uma suposta entrada do ex-assessor no território norte-americano em dezembro de 2022, o que teria embasado a alegação de risco de fuga. O órgão norte-americano reconheceu oficialmente, em 10 de outubro deste ano, que o registro era falso.

De acordo com a colunista Mary Anastasia O’Grady, a correção foi feita mais de 18 meses depois de o brasileiro apresentar provas de que não havia deixado o país na data indicada. O texto destaca que o “registro incorreto foi usado para justificar os meses de prisão” de Martins, que passou mais de 180 dias detido sem acusação formal, parte deles em confinamento solitário. O caso é acompanhado pelo WSJ desde 2024 e já havia sido tema de artigos anteriores da mesma colunista.

Em sua publicação, De Luca afirmou que “por mais de um ano, Moraes confiou nesse registro para manter Martins preso, com base em uma entrada forjada em um banco de dados federal dos EUA”. O advogado acrescentou: “Isso levanta uma questão aterrorizante. Como um regime estrangeiro conseguiu plantar ou explorar dados falsificados dentro de um banco de dados do CBP para avançar uma perseguição política no exterior?”

O WSJ relata que as investigações seguem em curso e que há indícios de “penetração estrangeira dentro do CBP”, o que sugere possível manipulação de sistemas do órgão. Segundo o jornal, os documentos entregues pela agência à Justiça norte-americana contêm trechos censurados, com nomes de servidores e datas de acesso ocultados. O’Grady ressalta que o episódio “não parece ter sido um simples erro burocrático” e indaga por que a página de “histórico de viagens” do site da CBP ainda não foi corrigida.

A colunista encerra seu texto com a observação de que “o público não saberá a verdade até descobrir quem entrou no sistema e criou o registro fraudulento”. O caso reacendeu debates sobre cooperação jurídica internacional e o uso de dados estrangeiros em investigações conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal.


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