T.R.E. marca julgamento de Zancanaro que pode perder mandato

Em Primavera, o agente da PRF foi multado. A PRF aplicou-lhe uma suspenção neste caso. O Ministério Público Eleitoral já pediu sua cassação

Se aproxima mais uma data em que o vereador do MDB de Primavera do Leste, José Paulo Zancanaro (MDB) vai pretar contas á Justiça por sua ação de dar publicidade a uma ficha funcional de servidor do estado, que é resguardado pela Lei. No caso na divulgação da ficha do vereador afastado Adriano Carvalho (Podemos) que assim, como ele, trabalha na Polícia Rodoviária Federal.

No próximo dia 19 de dezembro de 2023, por volta das 9h da manhã, uma sessão por videoconferência, será realizado no Tribunal Regional Eleitoral (T.R.E.) o julgamento do mérito da ação onde o vereador é réu.

O Ministério Público Eleitoral, em parecer neste processo, opinou pela perda do mandato.

A própria Polícia Rodoviária Federal, após as investigações da Corregedoria, suspendeu por 60 (sessenta) dias, José Paulo Zancanaro de suas funções de Agente da P.R.F.

O caso diz respeito a campanha eleitoral de 2020, quando o vereador José Paulo Zancanaro, usando de seu acesso privilegiado, acessou, copiou e divulgou em grupos de redes sociais, onde revelava que o também agente da PRF, e também concorrente ao cargo de vereador, Adriano Carvalho (Podemos), com o objetivo de denegrir sua imagem.

Julgado pela Justiça Eleitoral da Comarca de Primavera (1º Instância), onde o partido do vereador Zancanaro goza de grande apreço, teve em seu desfavor a decisão do pagamento de multa no valor aproximado de R$ 5.000,00, acrescido de multas e correções, por ter "provas sobradas" das práticas deletérias do vereador do MDB.

Inconformados com a decisão (cada qual por suas razões) as duas partes recorreram da decisão da Comarca ao T.R.E.

Será a análise deste processo, que será julgado no dia 19/12.

Adriano de Carvalho, através de seus advogados, pugna pela perda do mandato de seu detrator e mais a multa.

Zancanaro pede anulação da multa e sua inocência. Hipótese bastante remota, tendo em vista o parecer do ministério público eleitoral do estado que emitiu parecer concordando com a tese da perda de mandato, requerido por Adriano.

Ely Leal - Redação