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Pupin não paga dividas com credores e "Rei do Algodão" é alvo de novo pedido de falência

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    elnewspva
  • há 21 minutos
  • 3 min de leitura

A ação foi protocolada na 1ª Vara Cível de Campo Verde (MT) e pede que seja transformada a recuperação judicial em falência

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O empresário José Pupin, conhecido como o “Rei do Algodão”, voltou a ser alvo de um novo pedido de falência. A iniciativa, protocolada nesta terça-feira (29) pelo empresário Ricarte de Freitas Neto, é mais um capítulo na longa sequência de ações que evidenciam o colapso financeiro e jurídico do Grupo Pupin, que está em recuperação judicial desde 2017 tentando renegociar bilhões em dívidas. 

A ação foi protocolada na 1ª Vara Cível de Campo Verde (MT) e pede que seja transformada a recuperação judicial em falência, sustentando que o grupo descumpriu obrigações previstas no aditivo ao plano de recuperação judicial aprovado em assembleia e homologado pela Justiça em 22 de outubro de 2024.

“O Grupo Recuperando não adimpliu o crédito do credor ora peticionante, tampouco apresentou justificativa, procurou contato ou comprovou tentativa de cumprimento da obrigação assumida perante este credor”, afirma o pedido.

Segundo o documento, o plano previa que credores com garantia real receberiam até R$ 10 mil em parcela única, a ser quitada em até 60 dias após a homologação ou a definitiva habilitação do crédito. Passado mais de um ano, o pagamento não foi realizado o que, na visão do autor, configura descumprimento contratual grave e motivo legal para decretação da falência.

O autor da ação ressalta na manifestação que o processo de recuperação tramita desde 2017 e que “os credores são os que mais sofrem os seus ônus, estando próximo de completar uma década sem que tenham recebido a integralidade de seus créditos”.

Para o credor, a situação atual demonstra que o descumprimento não é pontual, mas reflexo de uma inviabilidade estrutural do grupo. “Inexiste alternativa senão requerer a convolação da recuperação judicial em falência, nos termos da lei”, conclui o advogado na petição.


Reincidência de pedidos

Este não é o primeiro pedido de falência apresentado à Justiça contra o Grupo Pupin. Outros credores já recorreram ao mesmo mecanismo em anos anteriores, alegando inadimplência sistemática, descumprimento de planos e ausência de capacidade financeira real de soerguimento.

Os pedidos vêm se acumulando desde 2022, quando o grupo começou a atrasar parcelas acordadas no plano original de recuperação judicial, posteriormente reformulado em 2024. Em todas as manifestações, o ponto central é o mesmo: a falta de cumprimento dos compromissos assumidos.

A própria administradora judicial Gláucia Albuquerque Brasil registrou, em 10 de outubro de 2025, que o grupo “não cumpre com o mínimo de suas obrigações”, nem mesmo o envio de documentação básica exigida pelo juízo.

“Constata-se que o grupo não cumpre com o mínimo de suas obrigações no presente feito, que seria ao menos o envio de documentação à Ilma. Administradora Judicial”, destacou a auxiliar do juízo.


Histórico de crises

O novo pedido reforça um cenário de desgaste jurídico e reputacional que se agrava a cada mês.

Além da recuperação judicial que se arrasta há oito anos, o grupo enfrenta ações de cobrança, interpelações criminais e disputas entre antigos parceiros e fundos credores.

Nos últimos meses, vieram à tona suspeitas de perda de prazos processuais, mudanças estratégicas de defesa e relações entre advogados ligados ao grupo e ex-integrantes do governo federal, como o advogado Eumar Novacki, que atua na defesa de José e Vera Lúcia Pupin ao lado de Thaís Sversut Acosta.

Em outro caso, José Pupin foi acusado de tentar invalidar a própria assinatura em documento judicial, numa tentativa de anular cobranças de credores e adiar pagamentos.

Também recentemente, José e Vera Lúcia Pupin foram notificados pela 10ª Vara Criminal de Cuiabá para prestar explicações à Fource Consultoria, após insinuações em processo de recuperação judicial.

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