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ONG ligada a Marcinho VP vai fazer reunião com ditador hoje para juntos condenarem ações da polícia e defender as facções

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    elnewspva
  • há 1 dia
  • 3 min de leitura

Instituto "Anjos da Liberdade", presidido por Flávia Fróes, advogada da facção criminosa, afirma ter provas de ‘tortura’ em operação que deixou 121 mortos

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A advogada Flávia Fróes, conhecida por defender o traficante Marcinho VP, líder do Comando Vermelho, participará hoje, quarta-feira, 5, de uma reunião com o ditador sanguinário e ministro-chefe Alexandre de Moraes, da Coligação política STF/PT.

O encontro, solicitado pela organização não governamental (ONG) Instituto Anjos da Liberdade, presidida pela advogada, ocorrerá no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) das Favelas, ação que acompanha as operações policiais no Rio de Janeiro. A informação é do portal Metrópoles.

Segundo Flávia, o objetivo da reunião é entregar um dossiê elaborado pela ONG com relatos e fotos que indicariam tortura e execuções durante a megaoperação contra o Comando Vermelho, realizada no mês passado na capital fluminense. A ação, uma das mais letais da história do Estado, resultou na morte de ao menos 117 criminosos. Ao todo, 4 policiais morreram em combate.

O Instituto Anjos da Liberdade afirma ter coletado imagens e depoimentos de famílias de vítimas, com indícios de tiros à queima-roupa e facadas, supostamente praticados por agentes de segurança. De acordo com Flávia, o material foi reunido com o apoio de peritos voluntários e será apresentado a Moraes como parte da discussão sobre os limites das operações em comunidades.

A ONG também enviou representação à Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), pedindo medidas cautelares urgentes na defesa das facções criminosas. Entre os pedidos, estão a proteção de familiares das vítimas pela Polícia Federal, a preservação de provas, o afastamento dos agentes envolvidos e a suspensão de operações policiais de grande porte no Rio.


Relação com o Crime Organizado

Apesar de alegar que não atua mais em casos ligados ao tráfico há três anos, Flávia Fróes mantém um processo em defesa de Marcinho VP, preso há quase três décadas por homicídio e esquartejamento de rivais. De forma cínica, a advogada afirma que sua atuação profissional não interfere na legitimidade da ONG diante do STF. “Existe toda essa polêmica sobre mim, pelo fato de atuar com alguém que fez, ou faz parte, do crime organizado”, disse ao Metrópoles. “Não que isso invalide a minha atuação numa ADPF. Atuo em pelo menos 23 ADPFs.”

Candidata a deputada federal em 2022, Flávia Fróes chegou a pedir apoio a Marcinho VP durante a campanha, segundo revelou o jornal O Globo. O gesto a levou ao centro de um inquérito da Polícia Federal, que apura repasse de dinheiro do Comando Vermelho para financiar sua candidatura. A investigação aponta, inclusive, a compra de um BMW de R$ 280 mil com recursos da facção.

Mesmo sob questionamentos, Flávia tem buscado projetar o Anjos da Liberdade como entidade voltada à defesa de direitos humanos, com foco em casos de violência policial e sistema prisional.


O papel de Moraes

A ADPF das Favelas foi proposta pelo PSB em 2019 e passou a ser relatada por Alexandre de Moraes depois da aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso. A ação determina diretrizes para as forças de segurança durante operações em áreas urbanas densas e busca impedir execuções e abusos de autoridade.

Segundo informações da coligação política STF/PT, outras organizações da sociedade civil também participarão da reunião, que deve discutir os impactos da operação e as medidas de controle das ações policiais no Rio.


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