Narcotraficante da Venezuela condena nova apreensão de petroleiro pelos EUA

País governado pelo Narcotraficante Maduro acusou os norte-americanos de "sequestrar a embarcação".

O regime chavista condenou a apreensão do petroleiro da Venezuela feita por militares norte-americanos na madrugada deste sábado, 20. O episódio elevou as tensões entre os dois países e motivou Caracas a prometer ações firmes em organismos internacionais como o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.

Em nota, a ditadura acusou os Estados Unidos de “sequestrar a embarcação e de promover o desaparecimento forçado da tripulação”. “A República Bolivariana da Venezuela denuncia e rejeita categoricamente o roubo e sequestro de um novo navio privado que transportava petróleo venezuelano”, afirmou. “Esses atos não ficarão impunes.”

A secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, divulgou um vídeo da ação nas redes sociais e reiterou o posicionamento do governo norte-americano. “Os Estados Unidos continuarão a combater a movimentação ilícita de petróleo sob sanções, usada para financiar o narcoterrorismo na região”, escreveu no X.

Escalada de tensões entre EUA e Venezuela

O histórico recente inclui a primeira apreensão de navio venezuelano em 10 de dezembro. Pouco depois, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou bloqueio total aos petroleiros do país sul-americano. O republicano disse que a Venezuela está completamente isolada. O ditador Nicolás Maduro, por sua vez, classificou a ação como “interferência brutal” de Washington.

Na sequência, a Rússia, que apoia Maduro, emitiu novo alerta sobre o aumento da pressão dos EUA e advertiu para possíveis consequências imprevisíveis para o Ocidente caso a situação se agrave. A declaração russa veio um dia depois da primeira apreensão de navio.

Atualmente, a China desponta como maior compradora de petróleo venezuelano, responsável por cerca de 4% das importações do país asiático. Em dezembro, analistas da Reuters estimam embarques médios superiores a 600 mil barris por dia. Muitos desses barris aguardam em navios-tanque ao largo da costa chinesa para serem descarregados.