Em Paranatinga, Rodada Técnica da Aprosoja MT aborda sobre adubação nitrogenada e potássica

A penúltima parada da iniciativa levou informações estratégicas sobre a disponibilidade de potássio, nitrogênio e o manejo hidrológico aos produtores da região

Nesta quinta-feira (21.08), o núcleo de Paranatinga recebeu a Rodada Técnica da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT). Pesquisadores e produtores discutiram temas estratégicos como o uso eficiente de adubação potássica e nitrogenada, além do manejo hidrológico em diferentes tipos de solo.

Segundo o presidente do Sindicato Rural de Paranatinga, Carlinhos Rodrigues, as pesquisas estão alinhadas com as necessidades dos produtores da região. “São temas muito importantes porque vêm ao encontro do nosso município, principalmente onde se fala do CTECNO Araguaia, que vem trazer para nós a nossa realidade de áreas siltosas. E também, como o município de Paranatinga é grande, também temos áreas que são mais arenosas”, aponta.

Durante a rodada, o pesquisador da Aprosoja MT/IAGRO, André Somavilla, apresentou resultados de estudos desenvolvidos nos Centros Tecnológicos (CTECNOs) da entidade, Araguaia e Parecis. Entre os temas abordados, o pesquisador destacou que solos arenosos tendem a responder melhor à aplicação de nitrogênio e que no caso da adubação potássica, a recomendação é considerar os teores naturais do solo e a quantidade de palha na superfície, especialmente em solos siltosos. Além disso, a adubação nitrogenada se mostrou essencial para culturas como milho, sorgo e gergelim, culturas que não contam com a fixação biológica do nitrogênio. 

“A adubação potássica e nitrogenada tem especial importância principalmente para culturas de segunda safra. Se tratando de áreas com maior teor de silte, solos com maior teor de potássio têm a capacidade de fornecer este nutriente para as culturas, então não haveria a necessidade de aporte adicional. Quando se aporta mais desse nutriente, pode gerar alguns efeitos antagônicos, principalmente quando se tem baixos teores de magnésio nesses solos ou também do lado econômico, o produtor vai gastar mais, aumentando o custo de produção, principalmente se a gente pensar na segunda safra”, enfatiza André.

O associado do núcleo de Paranatinga, Luan Piccoli, destacou a importância do evento. “Para nós,é de grande valia a Aprosoja MT trazer mais conhecimento para os nossos produtores, para vermos o que estamos fazendo e, com certeza, agrega muito para nós levarmos para dentro da nossa propriedade as pesquisas que a entidade vem fazendo”, afirma.

A Rodada Técnica é uma das iniciativas promovidas pela entidade para disseminar o conhecimento técnico e a ampla participação dos produtores mostra que eles buscam pela melhoria contínua da produtividade. O evento chega ao fim nesta sexta-feira (22.08), às 18h30, no Sindicato Rural de Primavera do Leste.

Vitória Kehl Araujo - Assessoria de Comunicação