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Caso Renato Nery - Alvo de busca, jornalista é preso com munição ilegal em Cuiabá

  • Foto do escritor: Ely Leal
    Ely Leal
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura

Cláudio Natal foi detido em sua casa, no bairro Santa Cruz, durante cumprimento de mandado judicial

O jornalista Cláudio Roberto Natal Junior foi preso na manhã desta segunda-feira (26), pela Polícia Civil, em Cuiabá, no âmbito da investigação do homicídio do advogado Renato Nery, ocorrido em julho passado. Alvo de um mandado de busca, ele foi flagrado com munições ilegais, o que resultou em sua prisão em flagrante. 

Segundo apurado pela reportagem, Cláudio é investigado por suspeita de envolvimento na alteração de documentos e assessoramento a escritórios de advocacia ligados aos suspeitos do crime. 

A ordem judicial foi cumprida na casa do jornalista, no bairro Santa Cruz, onde foram encontradas as munições, de calibres 12, 38 e .40. A Polícia ainda procura por uma arma. 

Conforme as investigações da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa), Cláudio se apresenta como jornalista e perito judicial.

Conforme a Polícia, cerca de 15 dias antes da Operação Office Crime - A Outra Face, em 6 de março, ele teria ligado para uma das suspeitas de ser mandante do crime, a empresária Julinere Goulart Bentos, pedindo que ela providenciasse dinheiro para custear advogados que defenderiam os policiais acusados de participar do crime. 

Julinere e seu marido, o empresário César Jorge Sechi, foram presos no dia 9 de maio, em Primavera do Leste. Desde então, nenhum dos dois se manifestou sobre as acusações.

 

Indiciamentos

 

Até o momento, a DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa) prendeu e indiciou o policial militar ex-Rotam Heron Teixeira Pena Vieira, que confessou o crime, e o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, acusado de ser autor dos disparos.  

Já tinham sido presos em 17 de abril o suposto intermediador do homicídio, o PM Jackson Pereira Barbosa, em Primavera do Leste, e o PM da inteligência da Rotam, Ícaro Nathan Santos Ferreira, que é suspeito de ter dado a arma do crime.

 
As confissões

 

No início de maio, Heron Vieira confessou na DHPP que recebeu R$ 150 mil pelo crime. O acordo inicial, segundo ele, era de R$ 200 mil. Na confissão, Heron ainda afirmou que os mandantes teriam sido o casal de empresários, além de apontar que contratou o caseiro Alex Roberto para executar Nery. 

Conforme revelado na investigação, o valor combinado não teria sido pago na totalidade, o que gerou uma série de extorsões contra o casal, mas sem sucesso, pelo silêncio dos envolvidos.Heron ainda informou que os R$ 150 mil foram dividos somente entre ele e o caseiro. 

O policial também confirmou a participação, como intermediador do homicídio, do PM Jackson Barbosa, que é vizinho de condomínio de Julinere e César. 

Dias depois, em 15 de mario, o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, decidiu confessar ter sido o autor dos disparos em depoimento na DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Cuiabá.  

Conforme apurado, Alex Roberto se mostrou arrependido do crime e confirmou todas informações reveladas, também em confissão, pelo policial militar ex-Rotam, Heron Teixeira Pena Vieira, que admitiu tê-lo contratado para executar o crime. 

 

Ocultação da arma

 

No dia 30 de abril, os PMs da Rotam Leandro Cardoso, Wailson Ramos, Wekcerlley de Oliveira e Jorge Martins, que estavam presos desde 6 de março, foram indiciados por forjar um confronto para plantar a arma do homicídio de Nery com terceiros. 

Conforme a Polícia Civil, eles foram acusados de homicídio qualificado, duas tentativas de homicídio, fraude processual e porte ilegal de arma de fogo.  

Segundo a investigação, o crime ocorreu no dia 12 de julho, sete dias após o assassinato do advogado, no Contorno Leste, em Cuiabá, que resultou na morte de um homem e feriu outros dois. 

 

O homicídio 

 

Ex-presidente da OAB-MT, Renato Nery foi atingido por um disparo na cabeça no dia 5 de julho de 2024, quando chegava em seu escritório na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá.  

Socorrido com vida, ele foi levado às pressas para o Complexo Hospitalar Jardim Cuiabá, onde passou por cirurgias, mas não resistiu e morreu no dia seguinte.

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