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Farra do INSS: Sindnapi, do irmão do presidente corrupto, movimentou R$ 6,5 milhões em espécie

  • Foto do escritor: elnewspva
    elnewspva
  • 2 de out.
  • 2 min de leitura

Entre 2021 e 2023, sindicato teve um aumento no número de filiados de cerca de 170 mil para 420 mil

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Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) encaminhados à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS sugerem que o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi) realizou movimentações em espécie no valor de R$ 6,5 milhões entre janeiro de 2019 e junho de 2025.

Essas operações financeiras, que envolvem depósitos e saques em dinheiro vivo, fazem parte de um total de R$ 1,2 bilhão movimentado pela entidade no período analisado. Além disso, o Coaf destacou que tais transações são consideradas complexas em razão da dificuldade de rastrear a origem dos recursos e de identificar os destinatários finais.


Relação com familiares de dirigentes e falta de transparência

O órgão também identificou operações envolvendo diferentes pessoas físicas e jurídicas. Não há clareza sobre o vínculo entre essas partes e o sindicato, o que dificulta entender o objetivo e a legitimidade das transações.

Outro ponto do Relatório de Inteligência Financeira revelou que empresas pertencentes a familiares do atual presidente do Sindnapi, Milton Baptista de Souza Filho, e do ex-presidente João Batista Inocentini, receberam R$ 8,2 milhões da entidade. Os repasses aconteceram entre 2019 e 2025, incluindo o período em que João Feio, como era conhecido Inocentini, ainda estava vivo.

No contexto da investigação apelidada de “Farra do INSS”, o Sindnapi figura entre as entidades mais beneficiadas por descontos em aposentadorias, junto à Contag. Segundo análise da Controladoria-Geral da União (CGU), o sindicato não entregou a documentação completa de nenhum associado em uma amostra aleatória analisada pelo órgão.


Operação Sem Desconto e crescimento do Sindnapi

Atualmente sob investigação da Polícia Federal no escândalo dos descontos sobre benefícios do INSS, o Sindnapi passou a ser alvo da Operação Sem Desconto, desencadeada em 23 de abril. A ação resultou na exoneração do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ex-ministro Carlos Lupi.

Com autorização para aplicar descontos associativos há mais de uma década, o Sindnapi teve um aumento no número de filiados. Entre 2021 e 2023, o sindicato foi de cerca de 170 mil para 420 mil subscritos. Nesse período, o faturamento saltou de R$ 41 milhões para R$ 149 milhões, conforme apurou o Tribunal de Contas da União (TCU).

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