Empresário e funcionário são presos por receptação de agrotóxicos

Segundo a Polícia, suspeito fez entrega de carga em Primavera do Leste

O proprietário da Clarion Agropecuária de Sinop, Junior Martim Onesxko, e o motorista Alexsandro Silva Freitas, foram presos por suspeita de receptação de defensivos agrícolas roubados.

A prisão aconteceu na madrugada da quarta-feira (27.10), após os dois serem flagrados descarregando os produtos.

A abordagem aconteceu quando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) recebeu a informação de que o motorista de um veículo poderia estar transportando defensivos agrícolas de origem ilícita, de uma carga roubada na cidade de Orlandia (SP).

Segundo Alexsandro, ele fez uma entrega em Primavera do Leste e ainda entregaria mais produtos em Confresa, Vila Rica e São Felix do Xingu. Sendo que em Sinop as entregas seriam para a Clarion.

Em depoimento à Polícia Civil, Alexsandro contou que é motorista da empresa Paraná Safra, com sede no estado do Paraná, que comercializa produtos agropecuários.

O empresário, por sua vez, disse à polícia que no dia 18 deste mês recebeu oferta da Paraná Safra para a compra dos produtos, que seriam do próprio estoque da empresa. Ele disse ainda que teria solicitado 1.500 litros do produto Engeo Pleno, mas que o vendedor lhe ofereceu 1800 no valor de R$ 140 o litro.

Conforme a Polícia Civil, foram apreendidas 122 sacas de 15 Kg do Produto Unizebi, 25 galões de 20 Litros do Produto Zaphir e 119 Galões de 20 Litros do produto Engeo Pleno.

O advogado Rogério Pereira, que patrocina a defesa do empresário, explica que a origem dos produtos foi checada. “Ele comprou os produtos, chegou à origem dos produtos, os lotes. Todos os lotes receberam feedback da Syngenta que eram produtos bons e lícitos e aí ele comprou. Comprou o produto pelo valor de mercado e aí deu esse problema que a gente vai esclarecer sem nenhuma dificuldade”.

Já a defesa do motorista, patrocinada pelo advogado Dionas Brasil do Nascimento, explica que ele apresentou as notas dos produtos. “Ele é empregado, com carteira de trabalho assinada e ele não tem acesso a origem dos produtos. Ele apenas entrega os produtos desconhecendo a origem. Ele pega na indústria e faz as entregas nas empresas. Ele é inocente e todos os fatos serão esclarecidos”.

Os dois presos foram soltos já na noite desta quarta, após pagamento de fiança em decisão da 1ª Vara Criminal de Sinop. O empresário pagou R$ 22 mil e o motorista R$ 10 mil.