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Decisão de Dias Toffoli gera incômodo na PGR e no Banco Central

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    elnewspva
  • há 24 minutos
  • 2 min de leitura

Acareação marcada pelo ministro do STF, relacionada às acusações contra o Banco Master, também foi criticada no Congresso

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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), causou incômodo nos integrantes da Procuradoria-Geral da República (PGR), do Banco Central (BC), por determinar uma acareação na próxima terça-feira, 30, no inquérito que investiga supostas irregularidades no Banco Master, relata o jornal O Globo.

A decisão, sem pedido da PGR ou da Polícia Federal (PF), ocorre no início das investigações e durante o recesso do Judiciário, gerando estranhamento. A determinação também foi criticada por parlamentares. Um deles foi o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que ironizou o pedido. Vieira também busca abrir uma CPI para apurar as denúncias de irregularidades ligadas ao Banco Master.

Na acareação, serão ouvidos o dono do Master, Daniel Vorcaro; o ex-presidente do BRB, Paulo Henrique Costa; e o diretor de Fiscalização do BC, Ailton de Aquino Santos. Aquino não é investigado. O presidente do BC, Gabriel Galípolo, reforçou que a instituição está à disposição do STF:

“Assim como nós tivemos com o MP (Ministério Público) e a PF (Polícia Federal), o BC e eu, enquanto presidente, estamos à disposição do Supremo para fornecer todos os dados que já passamos para o MP e a PF”, afirmou Galípolo. “Documentamos tudo. Cada uma das ações que foram feitas: reuniões, trocas de mensagens…”


Dias Toffoli nega pedido

A investigação apura operações suspeitas de emissão e venda de títulos de crédito sem lastro, conhecidos como “títulos podres”. Entre os casos, o Master teria vendido ao BRB uma carteira de R$ 303 milhões ligada a uma empresa registrada em nome de uma atendente de lanchonete, apontada pelo MP como laranja em esquema fraudulento. Estima-se que prejuízos decorrentes dessas operações possam chegar a R$ 12,2 bilhões.

O histórico do caso inclui a tentativa de Vorcaro de vender o Master ao BRB em setembro, bloqueada pelo BC diante das suspeitas de fraude. Dois meses depois, Vorcaro foi preso e o banco teve sua liquidação decretada. No fim de novembro, ele foi liberado.

A defesa solicitou que o inquérito fosse transferido para o STF. Toffoli determinou a mudança em 3 de dezembro depois de a PF encontrar documento sobre uma suposta negociação imobiliária de Vorcaro com um deputado federal. Na quarta-feira à noite, Toffoli negou pedido da PGR para cancelar a acareação.


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