Alemanha nega apoio a fundo florestal proposto pelo corrupto

Desconfiados, europeus deixam a COP30 sem se comprometer com proposta do líder da quadrilha lulo-petista

O governo da Alemanha deixou a COP30, em Belém, sem anunciar qualquer tipo de aporte financeiro no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês). O mecanismo, idealizado pelo Brasil e estruturado com o Banco Mundial, objetiva financiar principalmente a conservação de florestas tropicais em diferentes países.

A proposta prevê captar desse modo US$ 25 bilhões de governos e US$ 100 bilhões de investidores privados. Os recursos vão para aplicações em títulos de renda fixa de economias emergentes. Parte dos rendimentos teriam assim como finalidade a preservação ambiental.

Alemanha desconfia da operação 

Segundo o site Uol, diplomatas da Alemanha afirmam que o fundo apresenta riscos financeiros e ainda carece de ajustes para garantir segurança aos possíveis doadores. O chanceler Friedrich Merz participou da Cúpula dos Líderes. O evento antecedeu a abertura oficial da conferência. Merz deixou o Brasil sem assumir compromissos. O Reino Unido também evitou a adesão.

Articuladores brasileiros esperavam um anúncio de aporte durante o almoço de lançamento da iniciativa, na última quinta-feira, 6. Como isso não ocorreu, havia expectativa de sinalização durante a reunião bilateral entre Merz e o presidente Lula no dia seguinte. O encontro terminou sem números.

O receio dos europeus tem como fundamento algumas críticas sobretudo ao desenho econômico do fundo. O economista alemão Max Alexander Matthey, pesquisador do tema, afirma que o modelo depende de retornos financeiros em torno de 8% ao ano, o que seria desse modo uma rentabilidade muito alta. 

O modelo permitiria pagar 4% aos investidores e destinar 3% às florestas. Para críticos, o cálculo é otimista demais para mercados voláteis. O professor Aidan Hollis, da Universidade de Calgary, no Canadá, reforçou o alerta em artigos públicos ao longo do ano.