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Rio de Janeiro vive dia de terror com ataques a ônibus

  • Foto do escritor: Ely Leal
    Ely Leal
  • 24 de out. de 2023
  • 3 min de leitura

A suspeita é que as ações aconteceram após uma operação policial que resultou na morte do sobrinho de um miliciano que atua na região. Prejuízo supera R$ 35 milhões

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O terror que a Zona Oeste do Rio de Janeiro passou na última segunda-feira (23) terá desdobramentos para o Estado e para a população. Com o recorde de 35 ônibus incendiados em um dia, o prejuízo financeiro, só com os veículos, ultrapassa os R$ 35 milhões.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou nesta segunda-feira (23) que 12 pessoas foram presas por “ações terroristas”. Um trem da SuperVia também foi incendiado.

Segundo a Polícia Civil, os ataques foram praticados por um grupo de milicianos em represália à morte de Matheus da Silva Resende, de 24 anos, vice-líder da quadrilha. Ele morreu horas antes durante um confronto com policiais civis numa favela de Santa Cruz, bairro da zona oeste.

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Conhecido como Teteu ou Faustão, Resende era sobrinho de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, que desde 2021 é o líder do principal grupo miliciano que atua no Rio. Faustão, era o segundo na hierarquia do grupo, segundo a polícia.

De acordo com o Rio Ônibus –que é o sindicato das empresas do transporte coletivo na capital fluminense– esse foi o maior número de ônibus queimados na cidade em um único dia.

Os ataques ocorrem em um momento em que a Força Nacional de Segurança Pública, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal foram deslocadas ao Rio de Janeiro para auxiliar as forças locais em meio a um aumento da criminalidade.

Segundo fontes do governo do Estado, a possibilidade de uso das Forças Armadas no enfrentando ao crime no Rio também vem sendo discutida com o governo federal.

Os incêndios provocaram alterações na circulação de coletivos na zona oeste, região mais populosa da capital. Segundo a MobiRio, as linhas do corredor Transoeste foram interrompidas por questão de segurança pública.

De acordo com Paulo Valente, porta-voz do Rio Ônibus, o episódio evidencia “a inação do Estado diante desses episódios de violência extrema, e que o direito de ir e vir do cidadão é esquecido. O Rio Ônibus mais uma vez repudia com veemência o ocorrido, e apela às autoridades públicas para que tomem uma providência com urgência. É preciso dar um basta nessa situação”.

A prefeitura decretou estágio de atenção no início da noite.

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O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou que aumentará ainda mais as equipes federais que estão no Rio de Janeiro.

“Estamos mantendo e ampliando operações diárias no Rio, no que se refere à competência federal, com realização de prisões, investigações, patrulhamento e apreensões. Vamos aumentar mais ainda as equipes federais, em apoio ao Estado e ao Município. Em um sistema federativo, temos que respeitar os demais entes da Federação e buscar ações convergentes, o máximo quanto possível”, disse Dino.

“Foi assim que agimos em outros estados que atravessaram crises de Segurança neste ano de 2023. Teremos novas decisões nos próximos dias, sob orientação do presidente Lula”, prosseguiu.

Dino comunicou ainda que o secretário executivo do ministério, Ricardo Cappelli, o secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, e o comandante da Força Nacional, coronel Alencar, se reunirão no Rio com as superintendências da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.

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“Prendemos 12 criminosos ateando fogo em ônibus. E esses criminosos já estão presos por ações terroristas. E como ações terroristas, estarão sendo encaminhados imediatamente para presídios federais, porque lá é local de terrorista”, afirmou o Governador Castro.

A Prefeitura do Rio de Janeiro suspendeu as aulas nas escolas municipais da zona oeste depois que criminosos incendiaram pelo menos 35 ônibus na cidade.

Atualmente a Zona Oeste conta com 2,6 milhões de habitantes, o que representa cerca de 41% da população carioca. A região possui 40 bairros e 70% do território total do município.





Fonte: Redação com Agências

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