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Ely Leal

Psicólogo morre por causa de reação à vacina da AstraZeneca

Homem teve coágulo no cérebro, atestou legista

O psicólogo Stephen Wright, de 32 anos, morreu 10 dias depois de tomar a primeira dose da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca. O imunizante provocou efeitos adversos no homem. Wright faleceu em 25 de janeiro de 2021, em Londres. A causa do óbito, contudo, veio à tona semana passada, após parecer do legista sênior Andrew Harris.

Segundo Harris, Wright desenvolveu um coágulo de sangue no cérebro, um “caso muito incomum e profundamente trágico”. O legista lamentou a falta de estudos que possam mostrar como a vacina da AstraZeneca provoca esse efeito nas pessoas.

No dia em que foi internado, o médico sentiu fortes dores de cabeça. A mulher dele, Charlotte, disse que o marido chegou a desmaiar algumas vezes, comportamento que se repetiu no hospital.

Atualmente, a viúva luta para mudar o atestado de óbito de Wright. O documento consta que o psicólogo morreu de “causas naturais”. Ela anunciou ainda um processo contra a AstraZeneca, em razão da vacina. Familiares de outras vítimas também fazem parte da ação.

Em nota, a farmacêutica lamentou o ocorrido: “Estamos muito tristes com a morte de Stephen Wright e estendemos nossas mais profundas condolências à sua família por sua perda. A segurança do paciente é nossa maior prioridade e as autoridades reguladoras têm padrões claros e rigorosos para garantir o uso seguro de todos os medicamentos, incluindo vacinas”.


Brasileiro morreu depois de tomar a vacina da AstraZeneca


O advogado Bruno Graf, de 28 anos, morreu em razão de efeitos colaterais provocados pela vacina anticoronavírus da AstraZeneca. É o que informou boletim epidemiológico da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde de Santa Catarina, pertencente à Secretaria Estadual da Saúde. Divulgado em novembro de 2021, o documento explica que o caso passou por investigação de equipes de imunização estadual, regional e municipal.

“Trata-se de um homem de 28 anos, residente em Blumenau, que iniciou sintomas (calafrios, sensação febril e cefaleia) no dia 23 de agosto, evoluindo a óbito em 26 de agosto, sendo este desfecho desencadeado por um quadro de trombose de sistema nervoso central com plaquetopenia associada”, informa o documento, ao mencionar também a morte de uma mulher de 27 anos, com reações semelhantes às de Bruno, após tomar a mesma injeção.

“Ambos os óbitos foram temporalmente associados à vacina da AstraZeneca, sendo esses dois casos confirmados tendo seus desfechos com relação à Síndrome de Trombose com Trombocitopenia (STT)”, salienta o órgão. “A STT é definida pela presença de trombose/tromboembolismo, geralmente em locais incomuns, como o seio venoso cerebral ou as veias esplâncnicas com trombocitopenia acentuada após a vacinação com uma vacina de vetor de adenovírus não replicante contra a covid-19.”


Locutora da BBC entra para a lista


O empresário Gareth Eve deve processar a AstraZeneca. Isso porque a mulher dele, a jornalista da BBC Lisa Shaw, morreu em 2021, depois de tomar a primeira dose da vacina feita pela farmacêutica. “Não tenho outra alternativa”, disse ele, há pouco mais de 10 dias, em entrevista ao jornal britânico The Telegraph.

Em agosto daquele ano, três meses após o falecimento de Lisa, um exame constatou que ela teve uma “trombocitopenia trombótica induzida pela vacina”. O documento é assinado por Karen Dilks, legista de NewCastle, na Inglaterra. À época, a médica classificou o caso como “raro”.


Ministério da Saúde muda orientação sobre o imunizante


Em 27 de dezembro de 2022, o Ministério da Saúde publicou uma nota técnica sobre as vacinas da AstraZeneca e Janssen contra a covid-19, depois de identificar riscos de trombose, sobretudo em mulheres. No documento, a pasta deixa de recomendar o imunizante a pessoas com menos de 40 anos.

“Esta coordenação-geral entende ser pertinente atualizar as recomendações de uso das vacinas de vetor viral (Astrazeneca e Janssen), para que, na população abaixo de 40 anos, sejam administradas preferencialmente vacinas contra a covid-19 de plataformas que não sejam de vetor viral”, ressaltou a Saúde.

Segundo o texto, “as formas clínicas mais frequentemente reportadas foram de trombose venosa cerebral, mas também há relatos de trombose de veias intrabdominais, tromboembolismo pulmonar e tromboses arteriais”. Pode ocorrer ainda sangramento de “forma significava e inesperada”.

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