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Preso por corrupção, ex ministro de Bolsonaro é levado para cadeia da PF em São Paulo

  • Foto do escritor: Ely Leal
    Ely Leal
  • 22 de jun. de 2022
  • 3 min de leitura

Milton Ribeiro, ex Ministro da Educação de Bolsonaro deve ter audiência por videoconferência

Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação, preso pela Polícia Federal nesta quarta-feira (22), em Santos, no litoral paulista, foi trazido para São Paulo, onde deve dormir na carceragem da sede da PF na Zona Oeste de capital e participar de audiência por vídeoconferência.

Ele foi preso no prédio em que mora, em Santos, em investigação sobre suspeita de tráfico de influência e corrupção na pasta. (veja o vídeo acima). Ribeiro saiu do litoral por volta das 13h30 e chegou à superintendência da Polícia Federal na Lapa por volta das 16h.

Ribeiro é esperado em Brasília às 14h desta quinta-feira (23), para uma audiência de custódia. A defesa do ex-ministro entrou com um pedido de vista para que ele fosse mantido em Santos, mas Justiça Federal negou o pedido da defesa para a permanência em São Paulo. Na decisão, o juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal, determinou a imediata transferência do ex-ministro para Brasília.

Mesmo com a decisão da Justiça Federal de mandá-lo pra Brasília, a PF argumentou que não tinha logística pra fazer isso nesta quarta nem quinta-feira (23) a tempo de ele participar da audiência as 14h.

Na noite desta quarta, a defesa entrou com pedido de habeas corpus do ex-ministro do Tribunal Regional Federal.

O ex-ministro do governo Jair Bolsonaro foi preso no âmbito de uma operação, batizada de Acesso Pago, que investiga a prática de tráfico de influência e corrupção na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão ligado ao Ministério da Educação.

A prisão de Ribeiro foi determinada pela Justiça por causa de um suposto envolvimento em um esquema para liberação de verbas do MEC. O ex-ministro é investigado por suspeita de corrupção passiva; prevaricação (quando um funcionário público 'retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício', ou se o pratica 'contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal'); advocacia administrativa (quando um servidor público defende interesses particulares junto ao órgão da administração pública onde exerce suas funções); e tráfico de influência.

Três dias antes de ser preso, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro pediu oração aos fiéis da igreja onde é pastor por conta de uma ação que responde no Supremo Tribunal Federal (STF) por homofobia. A fala foi feita durante o culto da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração de Santos, em São Paulo, no último domingo.

A mulher do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, recebeu um depósito de uma pessoa ligada ao pastor Arilton Moura no início deste ano no valor de cerca de R$ 60 mil.

A operação desta quarta-feira foi autorizada pela 15ª Vara Federal do Distrito Federal e apura crimes como corrupção e tráfico de influência durante a gestão de Milton Ribeiro. A investigação teve início no Supremo Tribunal Federal, mas foi enviada à primeira instância depois que Ribeiro deixou o cargo de ministro da Educação do governo Bolsonaro.

Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) avaliaram que a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro nesta quarta-feira (22) é o pior momento da campanha à reeleição.

A percepção ganha força ao constatarem que, há pouco mais de três meses, a coordenação da campanha apostava que, no fim de junho, momento atual, Bolsonaro já deveria estar em empate técnico com Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A Justiça Federal do Distrito Federal confirmou, na noite desta quarta-feira (22), a prisão de pastores suspeitos de envolvimento com um esquema de corrupção no Ministério da Educação durante a gestão do ex-ministro Milton Ribeiro.

Segundo a assessoria da Justiça Federal no DF, foram presos, além de Milton Ribeiro, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, o advogado e ex-assessor do MEC Luciano de Freitas Musse e o ex-assessor da Prefeitura de Goiânia Helder Bartolomeu.

A defesa de Milton Ribeiro elabora um habeas corpus. O pedido deve se basear em ao menos três pontos. A defesa deve argumentar que o ex-ministro estava em liberdade e que não havia motivo para decretar sua prisão, já que não existe, em sua avaliação, contemporaneidade.

Além disso, ainda de acordo com a apuração, os advogados devem alegar que não há motivo e periculosidade ao ponto de se impor prisão antecipada por não haver risco a testemunhas ou à ordem pública.

A defesa também deve sustentar que por não haver, em sua avaliação, fato novo que justificasse a prisão, qualquer outra medida alternativa seria suficiente.




Redação com Agências e CNNbr


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