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Pátio não deixa ferrovia passar por dentro de Rondonópolis e revoga certidão

  • Foto do escritor: Ely Leal
    Ely Leal
  • 22 de nov. de 2023
  • 2 min de leitura

O trecho entre Rondonópolis e Campo Verde, de 211 quilometros, que deveria ficar pronto até 2025 deverá sofrer mais atrasos.

Após a prefeitura de Rondonópolis revogar a Certidão de Uso e Ocupação do Solo da Rumo Logística, obrigando a empresa a parar a construção dos trilhos da Ferrovia Estadual, o prefeito Zé Carlos do Pátio (PSB) enfatiza que não irá deixar o trem passar por dentro da cidade. Neste sentido, defende que a obra volte ao traçado inicial, por fora do perímetro urbano.

"A ferrovia estava a 30 km de Rondonópolis, agora ela está vindo para dentro do perímetro urbano. Não faz sentido. No novo traçado está a 40 metros de um bairro da cidade. Há o problema de estremecer, causar acidentes, não dá. O terminal ferroviário está a 40 km da cidade, ela [a empresa] não tinha que trazer os trilhos para a cá, mas dar a volta por fora, como um anel, não poderia ter mudado o traçado inicial", afirma o gestor.

A Prefeitura de Rondonópolis revogou o documento, após a Rumo Logística não enviar os relatórios de estudo de impacto. De acordo com o novo traçado, os trilhos passariam a 40 metros de residências dos bairros Maria Amélia e Rosa Bororo, e de duas comunidades, Gleba Rio Vermelho e Boa Vista.

Segundo Pátio, a situação poderia ocasionar danos estruturais aos imóveis do local, além de graves consequências como possíveis descarrilamentos e problemas com vagões, como explosões, já que a empresa transporta combustíveis, além de levar direto para os portos do Sul e Sudeste boa parte da produção de grãos de todo Mato Grosso.

O prefeito alega descaso por parte da empresa que apresentou outro traçado sem apresentar as licenças referentes a ele, nem o estudo de impacto de vizinhança, o que inclui os possíveis danos aos imóveis e modificações no modo de vida dos moradores.

"Não avisaram a Prefeitura. Eu entendo que seja por pura economicidade deles, mas isso não pode prejudicar o povo de Rondonópolis", reclama. Conforme o prefeito, um estudo de impacto da vizinhança apontou que as casas construídas próximas ao trilho não aguentam a trepidação causada pela passagem do trem, que abalaria a estrutura dos imóveis.

Além disso, o medo de quem mora nas proximidades dos trilhos é que, com os trens passando tão perto das casas, crianças e jovens vão ver o movimento dos trens e corram perigo de acidente e de morte.

De acordo com o gestor, o Município não é contra a expansão da ferrovia, desde que haja uma alternativa para que o traçado não passe por dentro do bairro.

"Eles tem que fazer o traçado por fora da cidade. Eu defendo a ferrovia, quero que a ferrovia siga até o norte do Estado porque é importante para o Estado, mas não atravessando o meio da cidade", concluiu Pátio.

A ferrovia

O projeto da ferrovia estadual consiste em um corredor logístico que ligará os municípios de Rondonópolis, Lucas do Rio Verde e Cuiabá.

Para a primeira fase de 211 km até Campo Verde, os custos variam entre R$4 bilhões e R$ 4,5 bilhões. Segundo a Rumo, a construção desse trecho deve ser executada até 2025, conforme o avanço na emissão das licenças e autorizações.




fonte: rdnews

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