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Ely Leal

Ocidente e China condenam invasão da Ucrânia pela Rússia, isolada na ONU

Assembleia-Geral da ONU realiza reunião emergencial para discutir conflito no leste europeu

Países do Ocidente e a China condenaram a invasão da Ucrânia pela Rússia em discursos realizados nesta segunda-feira (28) durante uma reunião emergencial da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), convocada pelo Conselho de Segurança da entidade no domingo (27).

Entre os países-membros, o embaixador da Ucrânia junto à ONU, Sergiy Kyslytsya, foi o primeiro escalado a falar. Ele condenou as ações do governo de Vladimir Putin e, durante sua fala, afirmou que as próprias Nações Unidas estão sob ameaça, caso a Ucrânia não resista ao enfrentamento militar.

“Se a Ucrânia não sobreviver, a paz tampouco sobreviverá. Se a Ucrânia não sobreviver, a ONU não sobreviverá. Não se iludam: se a Ucrânia não sobreviver, não será uma surpresa se a democracia ruir em seguida”, declarou o embaixador ucraniano. “A única parte culpada aqui é a Federação Russa”.

Em seu discurso, o embaixador da China na ONU, Zhang Jun, defendeu a integridade dos territórios.

“Todos os países devem ter sua integridade territorial e soberania respeitadas.

E os princípios da Carta da ONU devem ser respeitados, mantendo a paz”, afirmou Jun.

Ronaldo Costa Filho, embaixador do Brasil na ONU, falou na reunião emergencial, e afirmou que “ainda há tempo de parar a guerra. Este é um momento decisivo para a ONU e para o mundo”.

O embaixador declarou estar preocupado com a sucessão de eventos que levarão a um conflito mais amplo, caso os ataques da Rússia sobre a Ucrânia não parem. “Todos sofrerão, não só os envolvidos na guerra, como os que pedem uma diminuição da agressão”.

Em seu discurso, o embaixador da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, sugeriu que o começo dos conflitos entre seu país e a Ucrânia estaria no não cumprimento de acordos previamente estabelecidos.

“A raiz das ações atuais está há muitos anos na sabotagem e na desobediência das obrigações”, afirmou.

Nebenzya complementou considerando que “recentemente, houve em Kiev um acordo para reconsiderar e para que eles cumprissem aquilo que eles assinaram em 2015”.

O embaixador se refere ao Acordo de Minsk, em que Rússia e Ucrânia se comprometeram com um cessar-fogo e com planos de reintegração das províncias separatistas do leste ucraniano. Segundo ele, o não cumprimento do tratado seria um dos motivos da invasão russa –que já entra no quinto dia de confrontos.

O embaixador francês na ONU, Nicolas de Riviere, disse que “ninguém pode desviar o olhar. A abstenção não é uma opção”.

Já o secretário-geral da organização, António Guterres, disse esperar que as negociações “produzam não apenas uma interrupção imediata dos combates, mas também um caminho para uma solução diplomática”.

Guterres descreveu a decisão do presidente russo, Vladimir Putin, no domingo, de colocar as forças nucleares da Rússia em alerta máximo como um “desenvolvimento assustador”, dizendo à Assembleia Geral que o conflito nuclear é “inconcebível”.


Prefeito de Kiev


Vitali Klitschko, prefeito da capital da Ucrânia, Kiev, disse que está orgulhoso dos cidadãos ucranianos por defenderem seu país e vê a batalha pela frente como uma luta por seu futuro.

Klitschko disse que Kiev está sob um ataque “ininterrupto” das tropas russas e do que ele chamou de “grupos de agressão russos”.

“Nós ouvimos explosões a cada hora durante a noite passada, durante toda a noite passada, nos últimos quatro dias. As pessoas estão muito nervosas, passam muito tempo em bunkers”, disse.

“Vemos nosso futuro como um país europeu democrático e moderno. É isso. Sem discussão. É nosso objetivo. Estamos lutando por isso. Estamos lutando por nosso país. Estamos lutando por nosso sonho”, finalizou.


Civis mortos em Kharkiv


Pelo menos nove civis foram mortos por ataques com foguetes russos nesta segunda-feira na cidade ucraniana de Kharkiv, disse o prefeito Ihor Terekhov. Segundo ele, três crianças morreram.

“Os mísseis atingiram prédios residenciais, matando e ferindo civis pacíficos. Kharkiv não vê tantos danos há muito tempo. E isso é horrível”, disse ele. Terekhov disse que quatro pessoas saíram do abrigo para pegar água e foram mortas.

Uma família de dois adultos e três crianças foi queimada viva em seu carro, disse ele. Outras 37 pessoas ficaram feridas. A administração da cidade de Kharkiv deu os mesmos números.

EUA anunciam novas medidas financeiras contra a Rússia

O Departamento de Tesouro dos Estados Unidos, por meio do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac), proibiu, nesta segunda-feira, que cidadãos norte-americanos se envolvam em transações com o Banco Central, o Fundo Nacional de Riqueza e o Ministério das Finanças da Rússia.

Ainda foram impostas sanções e bloqueios ao Fundo de Investimento Direto da Rússia e ao seu CEO Kirill Dmitriev. Segundo os norte-americanos, Dmitriev tem a confiança do presidente Vladimir Putin para arrecadar fundos no exterior para o país.

“Tomamos as ações de hoje para prejudicar a capacidade da Rússia de usar suas reservas internacionais de forma a prejudicar o impacto de nossas sanções, bem como para impedir que a Rússia acesse seu fundo de riqueza para uso em sua guerra em andamento contra a Ucrânia”, afirmou Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA.

Tribunal de Haia vai investigar Rússia por crimes de guerra e contra humanidade

O Tribunal Penal Internacional, em Haia, decidiu nesta segunda-feira abrir investigação sobre a situação da Ucrânia “o mais rápido possível”.

O procurador, Karim Khan, disse estar “convencido de que há uma base razoável para acreditar que tanto os supostos crimes de guerra quanto os crimes contra a humanidade foram cometidos na Ucrânia”.

Embora nem a Rússia nem a Ucrânia façam parte do Tribunal de Haia, a Ucrânia exerceu suas prerrogativas para que o Tribunal investigue crimes de guerra e contra a humanidade cometidos por Moscou desde o final de 2013.


Presidente ucraniano assina pedido formal de adesão à União Europeia


O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou nesta segunda-feira (28) um pedido oficial para a Ucrânia ingressar na União Europeia (UE).

Diante da invasão russa ao país, Zelensky pediu ao bloco que permita que a Ucrânia se torne membro imediatamente sob um procedimento especial.

Pelo Twitter, o primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, afirmou que a “esta é a escolha da Ucrânia e do povo ucraniano. Nós mais do que merecemos”.

Após o anúncio, presidentes de oito países da Europa Central e Oriental pediram aos Estados-membros da União Europeia, por meio de uma carta aberta, que tornem imediatamente à Ucrânia um país candidato a ingressar no bloco e abram as negociações de adesão, de acordo com uma carta aberta.


Comboio russo avançou de Ivankiv para arredores de Kiev

Um comboio militar russo que estava fora de Ivankiv, na Ucrânia chegou no domingo aos arredores de Kiev, mostram imagens de satélite.

No domingo, o comboio estava a cerca de 64 quilômetros a noroeste da capital ucraniana, de acordo com imagens fornecidas pela Maxar Technologies.

A Maxar disse que quase 65 quilômetros de estrada estão tomados pelo comboio, que consiste em veículos blindados, tanques, artilharia rebocada e outros veículos logísticos.

A empresa privada norte-americana afirmou que o comboio estava localizado na rodovia T-1011, na base aérea de Antonov, por volta das 11h11, horário local.

Antonov fica a cerca de 27 quilômetros do centro da capital ucraniana.


Belarus se prepara para se unir à Rússia na invasão, diz inteligência ucraniana


Um funcionário do governo ucraniano disse que a inteligência ucraniana indica a prontidão da Belarus para talvez participar diretamente na invasão da Ucrânia, além de permitir que os russos usem seu território e deixá-los cruzar a fronteira.

Uma segunda fonte próxima ao governo ucraniano disse que, além da inteligência ucraniana, o governo do presidente americano Joe Biden também transmitiu ao governo ucraniano que Belarus está se preparando para se juntar à invasão russa.

Até agora, no entanto, as autoridades dos EUA não viram as tropas de Belarus “sendo preparadas para entrar na Ucrânia” ou “que estão se movendo ou estão na Ucrânia”, disse um alto funcionário da Defesa dos EUA a repórteres nesta segunda-feira, acrescentando que as forças dentro da Ucrânia são russas.


Nações africanas no Conselho de Segurança condenam racismo na fronteira ucraniana


Representantes das três nações africanas no Conselho de Segurança da ONU – Quênia, Gana e Gabão – condenaram a discriminação contra cidadãos africanos na fronteira ucraniana durante uma reunião do CSNU na sede da ONU em Nova York nesta segunda-feira (28).

“Na emergência que se desenrola, houve relatos perturbadores sobre o tratamento racista de africanos e afrodescendentes que procuram fugir da Ucrânia para um local seguro”, disse o embaixador queniano na ONU, Martin Kimani.


EUA pediram a 12 diplomatas russos da ONU que deixem o país


Os Estados Unidos pediram a 12 diplomatas russos da Organização das Nações Unidas (ONU) que deixem o país devido ao seu suposto envolvimento em “atividades que não estavam de acordo com suas responsabilidades e obrigações como diplomatas”, disse o embaixador Richard Mills, vice representante dos Estados Unidos na ONU, durante uma reunião do Conselho de Segurança, na tarde desta segunda-feira.

O embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzia, respondeu dizendo que a explicação de Mills sobre as expulsões “não era satisfatória”.

O embaixador dos EUA na ONU também disse em comunicado que os 12 diplomatas russos eram “agentes de inteligência… que abusaram de seus privilégios de residência nos Estados Unidos ao se envolverem em atividades de espionagem adversas à nossa segurança nacional”.


Petróleo sobe mais de 4% com tensão na Ucrânia e sanções à Rússia


O petróleo terminou a sessão desta segunda-feira com alta de mais de 4%, com a escalada das tensões na Ucrânia e o Ocidente anunciando novas sanções contra a Rússia. Além de governos, empresas também anunciaram restrições ao país.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para abril fechou em alta de 4,51%, a US$ 95,72 o barril, enquanto o do Brent avançou 4,09%, a US$ 97,97, na Intercontinental Exchange (ICE).

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou um novo conjunto de sanções que proíbe cidadãos no país de se envolver em transações com o Banco Central da Rússia, o Fundo Nacional de Riqueza russo e o Ministério das Finanças do país.


Depois do YouTube, Google corta receita de anúncios de mídia estatal russa


O Google não permitirá mais que os meios de comunicação estatais russos exibam anúncios, seguindo uma decisão semelhante tomada pela subsidiária de vídeo da gigante de tecnologia, o YouTube, no sábado (26).

“Em resposta à guerra na Ucrânia, estamos pausando a monetização do Google da mídia financiada pelo Estado russo em nossas plataformas”, disse o Google em nota no domingo (27). “Estamos monitorando ativamente novos desdobramentos e tomaremos outras medidas, se necessário”.

O anúncio marca o mais recente golpe na mídia russa, em meio a uma onda de críticas direcionadas às plataformas de Big Tech, na semana passada, por permitirem que a monetização continuasse apesar da invasão da Ucrânia pela Rússia.


França anuncia transferência de embaixada na Ucrânia para a cidade de Lviv


A França transferirá sua embaixada da capital ucraniana de Kiev para a cidade ocidental de Lviv, disse o ministro das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, à BFM TV na segunda-feira.

O país é o mais recente dentre os ocidentais a transferir sua embaixada da capital, mas optou por deslocá-la devido ao agravamento da situação no terreno.

Já a Alemanha está enviando aviões de guerra Tornado e uma aeronave de patrulha marítima em uma missão de reconhecimento para a área do Mar Báltico, segundo a missão do país na Otan.

No início do dia, a marinha alemã despachou seis navios de guerra adicionais, quatro deles para o Mar Báltico.


Kiev deve ser cercada nos próximos dias, estimam oficiais dos Estados Unidos


Os Estados Unidos estimam que as forças russas devem tentar cercar Kiev, na Ucrânia, nos próximos dias. De acordo com uma autoridade da Defesa norte-americana, a ofensiva pode se tornar mais agressiva por uma frustração com o lento avanço sobre a capital ucraniana.

Sirenes de ataque aéreo soaram nas ruas praticamente vazias de Kiev nesta segunda-feira (28), alertando sobre outro possível ataque com mísseis da Rússia. A cidade se prepara para batalhas piores à medida que as forças russas se aproximam.

Autoridades dos Estados Unidos dizem acreditar que a forte resistência ucraniana retardou o progresso das tropas russas. Além disso, falhas de planejamento deixaram algumas unidades russas sem combustível ou outros suprimentos.


EUA anunciam US$ 54 milhões em ajuda humanitária à Ucrânia


O porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Ned Price, anunciou, nesta segunda-feira que serão enviados US$ 54 milhões (R$ 278,6 milhões, na atual cotação) em assistência humanitária para afetados pela invasão russa na Ucrânia.

“Essa assistência adicional que será fornecida pelo Departamento de Estado e a Agência de Desenvolvimento Internacional, permitirá que organizações humanitárias possam apoiar mais ainda o povo da Ucrânia. Os Estados Unidos estão em solidariedade e continuarão a apoiar o governo e o povo da Ucrânia em face dessa agressão provocada pela Rússia”, afirmou Price.


Sanções podem levar Rússia a dar calote, diz instituto internacional de finanças


As sanções financeiras impostas pelos Estados Unidos e países aliados à Rússia podem levar o país a dar um calote em sua dívida externa. A avaliação é do Instituto de Finanças Internacionais (IIF), uma associação que reúne os maiores bancos do mundo.

Em uma nota publicada nesta segunda-feira, o IIF diz ainda que o PIB russo deve sucumbir ao impacto das punições internacionais.

Para os analistas do órgão, a decisão de banir grandes bancos russos do sistema Swift foi considerada uma das mais sérias impostas a um país na história recente.

Enquanto ainda debatiam o alcance e a eficácia desta medida, o anúncio de ações restritivas ao Banco Central da Rússia e a sinalização de que a força das sanções pode aumentar, levaram o IIF a prever fortes impactos na economia russa.


10% de toda a população ucraniana deve deixar o país, estima ONU


O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) projeta que a guerra na Ucrânia deve deslocar 4 milhões de pessoas para outros países. É uma movimentação de cerca de 10% de toda a população ucraniana.

A estimativa é de que, até agora, cerca de 520 mil pessoas já tenham deixado a Ucrânia rumo a países vizinhos. A maior parte (280 mil) foi para a Polônia.

Em entrevista à CNN Rádio, o porta-voz do ACNUR Luiz Fernando Godinho demonstrou preocupação com o ritmo tão intenso no deslocamento.

“É um impacto humanitário devastador, que vai ter consequências por muito tempo”, avalia. “A prioridade é acomodar essas pessoas nos países em que elas estão chegando para dar a elas a oportunidade de dar uma respirada.”

Na ONU, Ucrânia pede cessar-fogo; Rússia diz que acordos foram sabotados

Começou pouco depois das 12h (de Brasília) desta segunda-feira (28) a reunião extraordinária da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, que discute a guerra da Ucrânia.

Entre os países-membros, o embaixador da Ucrânia junto à ONU, Sergiy Kyslytsya, foi o primeiro escalado a falar. Ele condenou as ações do governo de Vladimir Putin e, durante sua fala, afirmou que as próprias Nações Unidas estão sob ameaça, caso a Ucrânia não resista ao enfrentamento militar.

“Se a Ucrânia não sobreviver, a paz tampouco sobreviverá. Se a Ucrânia não sobreviver, a ONU não sobreviverá. Não se iludam: se a Ucrânia não sobreviver, não será uma surpresa se a democracia ruir em seguida”, declarou o embaixador ucraniano. “A única parte culpada aqui é a Federação Russa.”

O segundo país programado para falar na Assembleia-Geral foi justamente a Rússia, com o embaixador Vasily Nebenzya. Ele afirmou que as ações russas têm sido “distorcidas” e reafirmou que o objetivo da operação é “desmilitarizar e desnazificar” a Ucrânia.

Abdulla Shahid, presidente da Assembleia-Geral, foi o primeiro a discursar na reunião, pedindo “cessar-fogo imediato”. Na sequência, foi a vez do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que também cobrou o fim da ação russa.


O Brasil é o 16º na fila de países que deverão discursar.


A reunião ocorre após convocação do Conselho de Segurança da ONU, no domingo. A votação do conselho de 15 membros foi processual para que a Rússia não pudesse exercer seu veto no órgão. A resolução convocando a sessão da Assembleia-Geral foi adotada com 11 votos sim. A Rússia votou contra, enquanto China, Índia e Emirados Árabes Unidos se abstiveram. O Brasil foi a favor.

Embora as resoluções não sejam vinculativas, elas têm peso político. Os Estados Unidos e aliados veem a ação nas Nações Unidas como uma chance de mostrar que a Rússia está isolada por causa da invasão da vizinha Ucrânia.


Tradicionalmente neutra, Suíça adota sanções da UE contra Rússia


A tradicionalmente neutra Suíça adotará sanções da União Europeia contra russos envolvidos na invasão da Ucrânia por Moscou e congelará seus bens, disse o governo nesta segunda-feira, em um forte desvio das tradições do país.

“Em vista da contínua intervenção militar da Rússia na Ucrânia, o Conselho Federal tomou a decisão em 28 de fevereiro de adotar os pacotes de sanções impostos pela UE em 23 e 25 de fevereiro”, disse o governo em comunicado.

A Suíça também adotou sanções financeiras contra o presidente russo Vladimir Putin, o primeiro-ministro Mikhail Mishustin e o ministro das Relações Exteriores Sergei Lavrov, com efeito imediato.

Putin proíbe transferências para fora da Rússia a partir de 1º de março

O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a proibição de empréstimos em moeda estrangeira e transferências de residentes russos para fora da Rússia a partir de 1º de março, disse o Kremlin nesta segunda-feira, em retaliação às sanções econômicas impostas a Moscou pelo Ocidente.

Putin também assinou uma lei para que empresas exportadoras vendam 80% de suas receitas cambiais recebidas a partir de 1º de janeiro de 2022, no mercado.


Rublo cai 30% e Rússia sobe juros para 20% após enxurrada de sanções


A moeda da Rússia caiu para um recorde de baixa em relação ao dólar dos Estados Unidos nesta segunda-feira (28) como o sistema financeiro do país cambaleou por sanções esmagadoras impostas pelos países ocidentais.

O rublo perdeu mais de 30% de seu valor para ser negociado a 109 por dólar às 4h30 (horário de Brasília), após uma queda anterior de até 40%. O início das negociações no mercado de ações russo foi adiado.

O colapso da moeda fez com que a central russa voltasse a implementar medidas de emergência, incluindo um grande aumento nas taxas de juros de 9,5% para 20%.

Ainda nesta segunda, os EUA tomaram novas medidas para proibir transações em dólares americanos com o banco central russo e bloquear totalmente o fundo de investimento direto russo.

O objetivo é impedir que a Rússia acesse um “fundo para dias difíceis” com o qual Moscou esperava contar durante a invasão à Ucrânia, segundo autoridades.


Reino Unido proíbe navios russos de atracar em seus portos


A Grã-Bretanha disse na segunda-feira que disse a seus portos para não fornecer acesso a nenhum navio registrado, de propriedade ou controlado pela Rússia ou russos antes que a nova legislação entre em vigor.

“O setor marítimo é fundamental para o comércio internacional e devemos fazer nossa parte para restringir os interesses econômicos da Rússia e responsabilizar o governo russo”, disse o secretário de Transportes Grant Shapps em uma carta a todos os portos do Reino Unido.



Fonte: redação/Reuters/AFP/Ansa/CNN/BBC/NewsWeek e Agência Brasil

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