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Ely Leal

Neurilan reconhece derrota, mas cita guerra judicial e poder econômico

Até quatro aviões rodavam o estado para levar e trazer prefeitos, além da guerra judicial protagonizado por seu concorrente

O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, derrotado nesta segunda-feira (2), reconheceu a vitória do prefeito de Primavera do Leste, Léo Bortolin (MDB), porém citou a guerra judicial e o poderio econômico usado para “destituí-lo” da entidade. Neurilan tentava ser reeleito para seu quinto mandato.

“A maioria dos prefeitos decidiu pelo Leonardo Bortolin. Votaram e decidiram que ele deve assumir a AMM a partir do ano que vem. Então respeito, é a decisão da maioria. Eu sempre disse que gostaria de disputar no voto e não na Justiça. A eleição aconteceu no voto e a outra chapa fez a maioria, respeito”, disse ele.

Neurilan buscava a reeleição ao 5° mandato, mas acabou conquistando apenas 58 votos, enquanto Leo, 68 votos. Para o mandatário derrotado, não se pode esconder o fato de que foi bombardeado na disputa com liminares judiciais, abuso do poder e interferência de outros poderes, contudo, decidido no voto.

“Me tiraram do processo, eu fiquei uma semana com a minha chapa fora da disputa. Nós conseguimos disputar com uma liminar que a presidente do TJMT. Isso fez com que alguns prefeitos deixassem de nos apoiar, até pela insegurança, isso é um fato. O outro é que a gente observa é o poderio econômico que foi usado na campanha. Eram dois, três e quatros aviões rodando o estado de Mato Grosso, levando os prefeitos para reuniões”, argumentou.

Durante a campanha, Neurilan contava com 90 votos, projetando uma reeleição esmagadora, no entanto, o resultado foi diferente do estava nos planos. Em entrevista, optou em não considerar como um ato de traição de aliados.

“Eu contava com esses votos porque os prefeitos garantiram para mim. Garantiram apoio. Esses votos não vieram, chegaram só 58”, acrescentou.

O mandatário permanece no cargo até fim de dezembro deste ano, completando 9 anos à frente da entidade. Sob os planos futuros, Neurilan descartou, por hora, pensar em disputar qualquer cargo eletivo.

Dos 141 municípios mato-grossense, 128 são filiados à AMM e os prefeitos estavam aptos a participar do processo eleitoral.


DESPREZO AO INDICADO DE FÁVARO

No discurso de vitória, Léo chamou os deputados que integravam a organização que o elegeu, porém, não fez questão nenhuma de convidar para fazer parte da festa o representante do ministro Carlos Fávaro, Maurício Munhoz (foto), que atualmente comanda a superintendência Federal de Agricultura em Mato Grosso.

Sentido o "climão", Janaina pediu a Léo que o convidasse a integrar o grupo de apoiadores durante o discurso. Muito a contragosto, o presidente da AMM eleito atendeu o pedido de sua madrinha. Munhoz, teria participado ativamente da campanha de Léo.

Durante sua subida ao palco, onde aliados se desdobravam para aparecer para as câmeras, apenas algumas palmas discretas.


3º PRESIDENTE DE PRIMAVERA

Antes esta polêmica eleição, também presidiram a instituição Vilceu Marchetti e Érico Piana. Marchetti, que já é falecido, esteve no cargo entre 1995 e 1997. Piana, por sua vez, foi presidente por dois mandatos, de 1999 a 2000 e de 2001 até 2002.

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