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Ely Leal

Neri Gueller se reúne com agro na Famato e promete crédito para encarar desafios do El Niño

Secretário defendeu a importância do diálogo e a união do setor neste momento de incertezas

O ex-deputado federal e hoje secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller (PP), cumpriu sua primeira agenda oficial em Mato Grosso, nesta segunda-feira (15), com representantes do agronegócio, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), em Cuiabá. Durante o encontro, Geller defendeu a importância do diálogo e a união do setor neste momento de incertezas na produção nacional, em virtude do fenômeno El Niño.

Neri ajudou a estabelecer palanque para Lula em Mato Grosso, mas só pode assumir uma função no Governo após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anular a cassação de seu mandato e devolver seus direitos políticos, em dezembro do ano passado.

Agora atuando como secretário, tem a responsabilidade de traçar metas e desenvolver os melhores planejamentos para o setor. Como primeira promessa, se comprometeu a buscar por linha de crédito para custeio fixada em dólar e o Seguro Rural,  para encarar eventuais problemas nas safras.

"Na época em que assumimos a SPA, lá atrás, as taxas de juros no Plano Safra eram de 3% a 5%, por exemplo, para custeio, pré-custeio e investimento, hoje, estamos praticando algo em torno de 14 a 17%. Em algumas atividades isso inviabiliza completamente a produção. De imediato vamos buscar linha de crédito junto ao BNDES a 7% (mais taxa cambial) e pagamento em 3 anos para custeio", disse ele.

Seguindo orientações do ministro Carlos Fávaro (PSD), Neri segue criando espaço e uma agenda oficial do agronegócio junto ao Governo Federal. O objetivo é pacificar o setor, que este ligado diretamente na rede de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições de 2022.

O presidente da Famato, Vilmondes Tomain, fez um apelo no sentido do setor se unir independente das questões ideológicas. "A eleição já passou e é hora de pacificar as coisas, não adianta ficar arrumando culpado. A previsão de queda na produção de soja é de um quase 15% mais os 20 a 25% do milho não vai ser fácil pro agro não", alertou.

Além da diretoria da Famato, estiveram presentes na reunião: Aprosmat, Aprofir, Acrismat, Fórum Agro, OCB/MT, Ampa e os deputados estaduais Dilmar Dal’Bosco e Wilson Santos.








Fonte: rdnews

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