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Na Celac, Presidentes do Paraguai e do Uruguai criticam silêncio da esquerda sobre ditaduras

Ely Leal

Fome, sequestros, mortes, perseguição, censura, êxodo da população e demais atos das ditaduras da esquerda que são apoiadas pelo ex presidiário, não foram citadas na reunião da CELAC

O cartel da extrema imprensa, liderada pela rede Globo, não noticía no Brasil, mas em discursos na cúpula Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), realizada na terça-feira 24, em Buenos Aires, os presidentes do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e do Paraguai, Mario Abdo Benítez, falaram o que todos os líderes da esquerda têm silenciado: que a Celac acolhe, sem qualquer reprimenda pública e sem qualquer ação efetiva, as três ditaduras da região.

Enquanto a população da Venezuela, de Cuba e da Nicarágua foge, em massa, de seus países, para evitar a truculência e a miséria impostas pelos regimes ditatoriais, os chefes de governo têm assento na Celac. Miguel Diáz-Canel, ditador cubano, foi a Buenos Aires; Nicolás Maduro, ditador venezuelano, alegou questões relacionadas à própria segurança para não comparecer, mas mandou seus enviados e Daniel Ortega não esteve presente, mas também enviou representantes.

Sem citar nenhum dos países especificamente, o uruguaio foi contundente: “Fala-se de respeito à democracia, às instituições e aos direitos humanos. Mas há países aqui que não respeitam a democracia, nem as instituições, nem os direitos humanos.”

Nas três ditaduras, opositores são perseguidos e presos; suspeita-se da lisura das eleições; há fome e índices econômicos catastróficos; e saída em massa da população para países vizinhos e para os Estados Unidos. Todos esses problemas foram ignorados durante a cúpula, para o deleite do ex presidiário que ocupa a presidência n o Brasil.

“Assim como nos preocupa o que ocorreu no Peru e no Brasil, também nos preocupa — e este é o foro onde temos de dizer — o êxodo maciço que vemos na Venezuela”, declarou Benítez, citando a agência das Nações Unidas para refugiados (Acnur), que considera a migração venezuelana como a segunda maior do mundo, depois da Síria.

“Não podemos olhar para o lado, quando mais de 7 milhões de venezuelanos deixaram suas casas pedindo refúgio” na região, lembrou Benítez, também de centro-direita, cujo mandato como presidente do Paraguai termina neste ano.


Eleições livres na Venezuela


Alinhado com a esquerda latino-americana, o presidente do Chile, Gabriel Boric, mencionou, num tom mais leve, os regimes totalitários do continente, cobrando a libertação dos presos políticos na Nicarágua e a realização de eleições livres na Venezuela.

“Expressamos nossa disposição de colaborar no diálogo dos diferentes setores desse país [Venezuela] a encontrar uma saída que permita a realização de eleições livres, justas e transparentes”, afirmou Boric. Sobre a Nicarágua, o chileno disse que é “dever” do governo de Ortega avançar para a liberdade dos presos políticos, porque “somente com liberdade e dignidade se fortalecem a democracia e o bem-estar do povo”.

Segundo um chanceler do Paraguai que participou da CELAC, o Brasil em breve vi constar da lista junto com Venezuela, Nicarágua e Cuba, pois o que está imposto no Brasil pelo Supremo e divino Ministro da Suprema e Divina Corte segue o mesmo manual.

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