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Ely Leal

Motivação do ataque a prefeitura de Rondonópolis seria desocupação de terras

Imagens de uma câmera de segurança do edifício mostram dois suspeitos entrando no local. Eles foram identificados, mas ainda não foram encontrados

Um princípio de incêndio atingiu a Prefeitura de Rondonópolis, na tarde de ontem, segunda-feira (28). O órgão informou que o fogo começou em um dos departamentos da secretaria durante o expediente.

Segundo o Corpo de Bombeiros, havia fumaça no local, mas ninguém ficou ferido e nem houve danos materiais. Uma equipe de perícia também foi acionada. A Polícia Militar e Civil também foram chamadas para acompanhar a ocorrência.

A motivação do ataque no prédio da Prefeitura de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, seria a desocupação de uma área no Bairro Jardim Liberdade, no município. Um vídeo gravado pela câmera de segurança do edifício mostra dois suspeitos entrando no local e, logo depois, a explosão.

As imagens registraram o momento em que dois homens entram na prefeitura e um deles segura um galão. Em seguida, eles entram em uma sala, onde ocorre a explosão. No vídeo, é possível ver as pessoas correndo. Segundo o delegado regional responsável pelo caso, Thiago Damasceno, os dois suspeitos flagrados pelas câmeras já foram identificados. No entanto, não foram localizados.

“As unidades estão na rua em busca dos suspeitos para efetuar a prisão. Já temos conhecimento que havia outras pessoas dando apoio", disse.

O delegado disse que a motivação seria a desocupação de uma área, realizada pela prefeitura na manhã da segunda-feira (28).

Um fiscal do órgão, que seria o responsável pelo cumprimento do mandado de desocupação, chegou a ser molhado de combustível pelos criminosos, mas conseguiu fugir antes de atearem fogo. "Preliminarmente, podemos dizer que eles responderão por incêndio majorado, que é incendiar um órgão público, e também por tentativa de homicídio porque havia uma vítima direta da conduta criminosa. Ela chegou a sofrer o ataque com combustível, mas conseguiu fugir antes que fosse ateado fogo no local”, disse.

O órgão suspendeu o trabalho interno os atendimentos.

Após a perícia preliminar, o incêndio passou a ser investigado como criminoso pela Polícia Civil.

A perícia encontrou no local uma garrafa plástica que teria sido usada para dar início ao fogo no edifício.

Segundo a Polícia Militar, uma testemunha contou que viu dois homens entrarem na sala, sendo que um dos suspeitos estava com um galão com um líquido. Pouco depois, ele teria jogado esse líquido na sala e ateado fogo em seguida. Os dois fugiram do local.


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