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MM diz que MST é braço do PT e reafirma "tolerância zero" a invasões

  • Foto do escritor: Ely Leal
    Ely Leal
  • 30 de set. de 2023
  • 2 min de leitura

A fala do governador vai ao encontro da declaração do ex-governador, ex-senador e ex-ministro da Dilma, da Agricultura, Blairo Maggi

Com postura de tolerância zero às invasões de propriedade em Mato Grosso, o governador Mauro Mendes (União Brasil) disse que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), embora tenha legitimidade para lutar em defesa dos seus interesses, não pode atuar como um “braço” do PT e usar a máquina pública para isso.

“É um movimento social ligado historicamente ao PT, fundado dentro do PT. É legítimo que haja defesa de interesses, que haja posicionamento, assim como é legítimo a direita se organizar, o sindicato rural se organizar. Agora, isso tem que ser feito dentro da legislação e não pode virar um braço do partido, um braço do Estado usando a máquina pública para esses interesses partidários ou corporativos”, afirma o governador.

Embora os movimentos sociais para ocupação de terras existam desde o início do século XX, no Brasil, o MST surgiu oficialmente em 1984, durante a Ditadura Militar. Um ano depois, no primeiro congresso dos sem-terra, elegeu a sua primeira direção nacional.

O presidente Lula sempre defendeu o MST e sua relação com o movimento é praticamente uma dívida política, já que o MST foi responsável por diversas mobilizações que ajudaram a eleger o presidente, nos três mandatos.

Em 2003, durante o primeiro ano do Governo Lula, o número de invasões de terra disparou no Brasil. Somente no primeiro semestre foram registrados, ao menos, 171 invasões de terra e 18 assassinatos resultantes de conflitos agrários, segundo dados do antigo Ministério do Desenvolvimento Agrário.

O movimento também atuou em mobilizações contrárias à prisão de Lula, na época da operação Lava Jato.

Lula sempre defendeu o movimento e já afirmou em diversas entrevistas que foram pouquíssimas terras produtivas invadidas pelo movimento.

Nos oito primeiros meses deste ano, foram registradas 61 ocupações de territórios. O levantamento de 8 meses destoa muito do que foi visto no Governo do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), quando foram registrados 62 casos de invasão entre 2019 e 2022.

O governador de Mato Grosso afirma que o Brasil ainda precisa repensar alguns conceitos, e até mesmo práticas, para conseguir avançar com a Reforma Agrária.

“A Reforma Agrária deveria ter acontecido no Brasil há 40, 50 anos. Em um tempo em que existia outra realidade. Neste momento, eu acho que existe espaço, sim, para colocar no campo pessoas e famílias que verdadeiramente têm vocação para a produção em pequena escala. A Reforma Agrária, como idealizada, como cantada em versos e prosas e executada durante muitos anos, a maior parte desses assentamentos fracassou. E, se fracassou, não podemos repetir o mesmo modelo”, concluiu Mauro Mendes.

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