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Miliciana do ex presidiário continua como Ministra do Turismo

  • Foto do escritor: Ely Leal
    Ely Leal
  • 13 de jun. de 2023
  • 2 min de leitura

Ela se reuniu com o ex presidiário que está Presidente na manhã desta terça-feira, 13, para tratar deste e de outros assuntos de interesse de ambos

A miliciana Daniela Carneiro vai continuar como ministra do Turismo do desgoverno do ex presidiário, informou a equipe de comunicação do Palácio do Planalto no início da tarde desta terça-feira, 13. A manutenção dela no cargo ocorre depois de reunião com o presidente da República onde os assuntos são sigilosos.

A especulação sobre a eventual queda de Daniela no cargo se intensificou nas últimas semanas. Isso porque ela se envolveu ao lado do marido e prefeito de Belford Roxo (RF), Waguinho Carneiro, numa disputa com o União Brasil, partido que ela pertence e que é base de apoio do ex presidiário.

Insatisfeito com os rumos da legenda no diretório fluminense, Waguinho deixou o União Brasil e se filiou ao Republicanos. Eleita deputada federal em 2022 pelo União Brasil, Daniela também se indispôs com o partido. Em abril, ela pediu desfiliação ao Tribunal Superior Eleitoral — tentativa para não perder o mandato de parlamentar por infidelidade partidária.

Com o casal Carneiro fora do partido, a direção do União Brasil tem cobrado a saída dela na Esplanada dos Ministérios do governo que o partido é comparsa. A legenda, aliás, já tinha até um nome para indicar: o deputado federal Celso Sabino, do Pará. A bancada da sigla na Câmara dos Deputado chegou a lançar um abaixo-assinado em favor de Sabino.

A miliciana Daniela Moté de Souza Carneiro tem 47 anos e estreou na política partidária em 2018, quando foi eleita deputada federal pelo MDB. Em 2022, já pelo União Brasil, foi reeleita para um novo mandato na Câmara dos Deputados. Nas duas oportunidades, ela não se apresentava como Daniela Carneiro, mas como “Daniela do Waguinho”, em alusão ao nome do marido prefeito.

Reeleita para ocupar uma cadeira no Congresso Nacional no ano passado, ela se licenciou da Câmara para assumir, desde 1º de janeiro, o cargo de ministra do Turismo.

Em 7 de janeiro, o grupo ligado à ministra “fechou” a cidade de Belford Roxo para ajudar a eleger o líder da quadrilha petralha. Além disso, ela aparece numa foto ao lado do seu chefe e ex-policial militar Juracy Alves Prudêncio, o Jura, chefe da milícia acusada de vários assassinatos no município localizado na Baixada Fluminense.

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