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Invasão da Rússia à Ucrânia é iminente, diz secretário do Pentágono

Ely Leal

Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, ordenou que as unidades militares norte-americanas fossem destinadas para nações aliadas da Otan

O secretário de imprensa do Pentágono dos Estados Unidos, John F. Kirby, declarou, nesta quarta-feira (28), que as tropas russas estão em posição para atacar a Ucrânia.

“O que vemos é que as forças russas continuam a se reunir mais perto da fronteira e se colocam em um estágio avançado de prontidão para realizar uma ação militar na Ucrânia novamente, praticamente a qualquer momento”, disse Kirby. “Eles estão prontos”, reforçou.

Segundo Kirby, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, seria o único culpado pela morte, sofrimento e destruição que uma invasão traria, sendo essa uma “guerra de escolha e totalmente desnecessária”.

Segundo um oficial da Defesa dos EUA, cerca de 80% do exército russo ao longo da fronteira ucraniana e em Belarus estão em posições avançadas. No último sábado (19), o secretário de Defesa, Lloyd Austin, afirmou que as forças estava se posicionando. O oficial, no entanto, revelou que “hoje, elas estão posicionados”.

Austin ordenou que as unidades militares norte-americanas fossem destinadas para nações aliadas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Leste Europeu. Isso incluí uma força-tarefa que irá sair da Itália para a região do mar Báltico, juntamente com vinte helicópteros AH-64 que serão deslocados da Alemanha e outros 12 que vão para a Grécia e a Polônia.

Oito caças F-35 Lightning II serão enviados da Alemanha para vários países da região.

As tropas da Rússia estão em posições localizadas entre 5 e 50 quilômetros da fronteira. As distâncias variam dependendo da missão atribuída, objetivos e topografia da região.

As unidades também “avançaram sua prontidão a um ponto em que estão literalmente prontas para atacar agora”, afirmou o oficial.

Putin destinou misseis terrestres à fronteira. No Mar Negro, estão localizados mais de 24 navios de guerra, sendo dez deles anfíbios.

“Eles possuem capacidade de mísseis de cruzeiro. Ele tem capacidade de mísseis balísticos. Eles têm blindagem, artilharia, infantaria e forças especiais”, completou.

“Essas não são as mesmas forças armadas ucranianas que Putin conheceu em 2014”, disse a autoridade. “[Eu] apenas direi que eles são mais competentes e mais capazes do que eram há apenas oito anos. Eles se beneficiaram não apenas dos milhões e milhões de dólares em assistência de segurança que os Estados Unidos forneceram, mas o treinamento que também fornecemos de forma rotativa e que outras nações também.”


Entenda o conflito


Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia está aumentando a pressão sobre seu ex-vizinho soviético, ameaçando desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.

A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.

A mobilização provocou alertas de oficiais de inteligência dos EUA de que uma invasão russa pode ser iminente.

Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não chegaram a uma conclusão. Foi reconhecida por Vladimir Putin, na segunda-feira (21), a independência de Donetsk e Luhansk, duas áreas separatistas ucranianas.

A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.





Fonte: AFP/Ansa/CNN/Reuters

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