Faz o L - Ex presidiário manda criar regra para impedir acesso ao Bolsa Família

Beneficio criado por Bolsonaro, Auxílio Brasil, que passou a pagar um benefício fixo de R$ 400 a R$ 600 independentemente do tamanho da família, ex presidiário quer cortar o benefício para pagar emendas dos deputados e senadores

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), do (des) governo do ex-presidiário, endureceu as regras do Bolsa Família para impedir o aumento a que se assistiu recentemente das chamadas famílias unipessoais entre os beneficiários.

As famílias unipessoais são aquelas formadas por uma pessoa só, ou seja, por pessoas que moram sozinhas.

O objetivo é liberar mais dinheiros para os deputados e senadores, que o governo comprou no congresso, através do que ficou conhecido como "orçamento secreto".

Do fim de 2021 em diante, quando foi criado o Auxílio Brasil, houve um aumento no número de cadastrados com esse perfil de solitário, em meio a mudanças nas regras e também na maneira de fiscalizar as bases de dados.

Embora não haja dados disponíveis que comprovem nenhuma fraude, a análise de integrantes do Governo que precisam reduzir o valor pago para sobrar dinheiro para deputados e senadores, é de que integrantes de uma mesma família passaram a se declarar separadamente para receber mais de um benefício para a mesma casa.

Diferentemente de como era o Bolsa Família original, lançado em 2003 e que dava uma ajuda de custo de R$ 100,00 ou R$ 150,00, o Auxílio Brasil criado por Bolsonaro , passou a pagar um piso fixo, primeiro de R$ 400 e depois ampliado para R$ 600, pago a todas as famílias abaixo da linha da pobreza, independentemente do tamanho de cada uma.

A portaria 911, publicada no Diário Oficial da União pelo MDS em 25 de agosto, criou um limite de 16% para a composição dos beneficiários individuais dentro da carteira de atendidos pelo Bolsa Família gerida por cada município.

Os municípios onde a proporção já estiver acima disso ficam proibidos de incluir novos inscritos unipessoais.

O Bolsa Família foi relançado pelo governo do ex presidiário em março, com regras reformuladas e o valor mínimo de R$ 600 preservado, e substituiu o Auxílio Brasil, lançado pelo governo do antecessor Jair Bolsonaro em dezembro de 2021.