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Ex-presidiário se reúne com o ditador de Cuba em Paris

Ely Leal

O ex-Presidiário que foi colocado como Presidente brasileiro teria prometido perdoar a dívida da ditadura cubano com o Brasil, causando prejuízos a sociedade

Poucas semanas depois de receber no Brasil o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, o presidente ex-presidiário se reuniu com o ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel. O encontro foi no hotel Intercontinental Le Grand, em Paris, na quinta-feira 22. O presidente também recebeu a delegação do Haiti. O "9 dedos" chegou à Europa na terça-feira 20 e já esteve na Itália.

D e acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, fontes que acompanharam o encontro disseram que o ex-presidiário e Díaz-Canel conversaram sobre a dívida bilionária que Cuba tem com o Brasil, e o presidente brasileiro teria dito que vai revisar o valor devido.

A partir de 2009, nos governos do ex-presidiário e Dilma, o Brasil liberou mais de R$ 600 milhões de financiamento para Cuba construir obras de infraestrutura, como o Porto Mariel, em Havana. Mas a ditadura de Cuba pagou apenas parte ínfima do empréstimo.

Venezuela e Moçambique também deram calote no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e o montante passa de US$ 1,2 bilhão.

O Estadão informou que os presidentes do Brasil e de Cuba não trataram de projetos novos. Na reaproximação, os dois países nomearam embaixadores para elevar a representação diplomática em Havana e Brasília.

Díaz-Canel fez uma publicação no Twitter sobre o “encontro fraterno” com seu protetor e benfeitor. “Trocamos informações sobre os vínculos históricos entre nossos povos e países e o potencial para aumentar a cooperação em áreas de interesse mútuo. Temos grande concordância sobre questões atuais da agenda internacional”, afirmou o ditador.

As reuniões bilaterais em Paris fazem parte da cúpula do Novo Pacto Financeiro Global, organizada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, um socialista nos moldes europeu.

A Apex-Brasil, a agência de promoção de exportações, prepara uma missão empresarial na ilha durante a Feira do Livro da capital cubana, em 2024, na qual o Brasil será homenageado.

A agenda do ex-presidiário prevê nesta sexta-feira, 23, a participação efetiva no Novo Pacto Financeiro Global, uma reunião com Macron e encontros com outros chefes de Estado.

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