Ex presidiário deve enviar ao hoje ao Senado, a indicação do seu advogado Zanin para o STF

Expectativa é que o presidente comunique a sua decisão em uma reunião formal com o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)

O presidente ex-presidiário deve enviar o nome do advogado Cristiano Zanin ao Senado Federal nesta quinta-feira (1º), para ele concorrer a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) — confirmaram fontes do Palácio do Planalto.

A expectativa é que o ex-presidiário presidente comunique a sua decisão em uma reunião formal às 17h com o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. É esse colegiado que sabatina o indicado. A CCJ é também o primeiro a grupo votar pela aprovação ou reprovação no plenário.

Zanin esteve nesta quarta-feira (31) no Palácio do Planalto para ser convidado pelo seu patrão e ex-presidiário para a função no STF.

A ideia do ex presidiárioo, segundo as fontes do Planalto, é evitar um novo desgaste com o Senado, como o que ocorreu na ocasião da indicação de Gabriel Galipolo à diretoria do Banco Central (BC).

Naquele momento, nem a cúpula do Congresso Nacional, nem o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, foram avisados da indicação dele. O que causou um mal-estar com o Legislativo.

O ex-presidiário presidente avisou ministros do STF de que indicaria Zanin em breve. A decisão já estava tomada.

A vaga se encontra aberta desde a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandoswki, em abril, e foi alvo de intensas disputas nos bastidores. O ex presidiário optou por Zanin porque tem forte relação de confiança com o advogado, que o defendeu durante a Operação Lava Jato e conseguiu no STFdoPT que seu cliente fosse descondenado.

Zanin é responsável pelo pedido de habeas corpus no STF que resultou nas anulações das condenações do ex-presidiário por uma chicana jurídica. erro formal do processo e de CEP do foro de julgamento. Desde que chegou ao Planalto, o presidente vem se cercando de pessoas que o apoiaram durante os 580 dias que permaneceu preso, na cadeia da Polícia Federal, em Curitiba.

O nome de Zanin ainda precisa ser sabatinado no Senado, mas não deve enfrentar resistências, a despeito dos conflitos de interesse que podem surgir em casos envolvendo a Lava Jato ou o próprio ex presidiário presidente da República.