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EUA intimam fabricante sueca sobre venda de aviões militares ao Brasil

Ely Leal

Departamento de Justiça americano solicitou informações de contrato para compra de 36 caças Gripen à FAB; Lula foi acusado de tráfico de influência no processo de licitação

A fabricante sueca Saab North America Inc. informou nesta quinta-feira (10) que o Departamento de Justiça dos EUA solicitou informações sobre o contrato fechado em 2014 com o governo brasileiro para a compra de 36 caças Gripen E/F.

A transação foi objeto de uma investigação de corrupção, em que a empresa afirma que autoridades brasileiras e suecas já investigaram anteriormente partes do processo e que essas investigações foram encerradas sem indicar irregularidades por parte da Saab.

“A Saab pretende cumprir com a solicitação de fornecimento de informações e cooperar com o DoJ [Departamento de Justiça dos EUA] neste assunto”, disse a Saab em comunicado.

O presidente corrupto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi acusado formalmente de tráfico de influência para beneficiar a Saab no processo de licitação para a venda dos caças, no valor de US$ 5,4 bilhões.

Os advogados de Lula-ladrão disseram que o caso equivale a uma “perseguição política”.

A Força Aérea Brasileira (FAB) escolheu em 2014 o Gripen para renovar sua frota de caças, em detrimento do F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, e do Rafale, fabricado pela francesa Dassault Aviation SA.

As primeiras aeronaves já foram entregues ao Brasil, e o restante deve ser entregue até 2027.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), as ações da Saab caíam 6,38%.

A entrega dos primeiros Gripen de série à FAB é a concretização do Projeto FX-2, iniciado em 2006 durante o governo do então presidente Lula, em substituição ao programa anterior, denominado Projeto FX.

Após mais de dez anos de discussão, em 2013 o governo brasileiro, durante a administração de Dilma Rousseff, optou pela compra do caça sueco, preterindo os modelos Boeing F/A-18E/F Super Hornet, dos Estados Unidos, e o Dassault Rafale, da França.

O contrato de compra das novas aeronaves da FAB é avaliado em 39,6 bilhões de coroas suecas, cerca de R$ 21,2 bilhões na cotação atual. O negócio também inclui a transferência de tecnologia do jato sueco para o Brasil, que terá a licença para a produzir a aeronave.

Quase a metade dos jatos encomendados (nas versões E e F, para um e dois pilotos, respectivamente) será finalizada na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto (SP), onde um modelo de teste (e não de série) do Gripen vem sendo testado desde o último trimestre de 2020.

Após 16 anos do lançamento do projeto FX-2, o caça sueco F-39 Gripen E/F entrou, em 2022, em operação na (FAB. Trata-se da mais moderna aeronave em operação na América Latina, que equipa o 1.º Grupo de Defesa Aérea (1.º GDA), em Anápolis (GO).

A renovação da aviação de caça é um dos principais projetos estratégicos do Ministério da Defesa.

Outras quatro aeronaves foram acrescidas neste ano ao contrato em vigor, totalizando 40 caças, que serão produzidos pela Saab em parceria com a Embraer. A FAB estuda ainda adquirir mais 26 Gripen por meio de outro contrato.

A nova máquina de guerra do Brasil pode muito. Pode voar a 2.400 km/h e a 16 km de altitude. Cobre a distância entre São Paulo e Rio em 12 minutos e leva debaixo das asas seis toneladas de mísseis e bombas. Uma dessas armas, o míssil Meteor, atinge alvos a até 200 km. Custa, a peça, US$ 2,5 milhões.

O segundo míssil é o Iris-T, para atuar no raio de 30 km. Sai por US$ 430 mil. Ambos são fornecidos por consórcios europeus. Carregado para sua missão básica, a defesa aérea, cobre 1.500 km de raio de ação.



(Com informações de Louise Rasmussen, da Reuters; de Thiago Vinholes e de Marcelo Godoy, da Agência Estado)

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