Efeito Adriano. O que significa o posicionamento do ex vereador no jogo político eleitoral

Ferrenho adversário da atual gestão, ex parlamentar cassado pela base da atual gestão, apoia Sérgio Machnic, enfrenta criticas e pode decidir eleição

Tendo em seu histórico como parlamentar, a critica açida feita praticamente a todos os segmentos políticos e a imprensa, o ex vereador cassado sem nenhuma lógica pela base aliada-gestão Léo/Ademir, Tinha um posicionamento claro durante o período de pré-campanha.

Seria ele mesmo candidato a Prefeito.

Em sua trajetória, aglutinou partidos como Novo, PRTB, D.C., além do seu próprio Podemos a caminhar no sentido de uma candidatura própria.

Mas a realidade eleitoral bateu-lhe nas costas. Com pequenos partidos, seu tempo de rádio e TV seria diminuto, o dinheiro do fundão eleitoral seria curto e sua estrutura de campanha pouco poderia oferecer aos candidatos a vereadores (as) na corrida eleitoral.

Entre as duas opções de candidaturas, havia o convite de grupo do Léo e seu candidato marionete Ademir de Góes, eivada de benesses e recursos e a oposição liderada pelo produtor rural Sérgio Machnic.

Adriano Carvalho optou então por abrir mão do seu mandato (a oferta do grupo do Léo incluia, além de várias vantagens, retirar a ação que cassou-lhe o mandato), assim como optou em perder parte do D.C. (Democracia Cristã - Muito embora vários pré-candidatos a vereador da Legenda acompanhem Adriano o que deve inviabilizar o partido ter chapa), para se aliar ao grupo de Sérgio Machnic.

Não se trata de uma aliança fácil ou palatável para o próprio ex vereador. Teria que superar certos posicionamentos dentro da coligação, mas o que contou mesmo foi a união da direita.

"...Todos sabemos que o grupo do Léo/Ademir são os representantes e emissários do atual governo de extrema esquerda que está destruindo o Brasil. Pelos meus posicionamentos ao longo do mandato e pelo comunismo/socialismo representado por esse grupo, não poderia me aliar a eles...", revelou Adriano em contato com a reportagem do Jornal ELNews.

A clara identificação do grupo comandado pelo atual gestor e por sua marionete de candidato, tanto na judicialização da política (já fez isso na eleição da AMM), como na perseguição de adversários políticos por razões absurdas, assim como a perseguição aos veículos de comunicação que não são obedientes as suas ordens, vitimas de perseguição através da publicidade (falta), ferindo a constituição e aos preceitos da administração de "impessoalidade" nos atos administrativos, solapando a liberdade de imprensa, com processos judiciais incoerentes e abusivos, o grupo do atual gestor é um deslavado useiro de bens e recursos públicos assim como da máquina público, a serviço do grupo nas eleições.

O abuso do poder economico, tanto em eventos, festas (uma será de graça para os seus eleitores, a custo de milhões em plena disputa eleitoral), inaugurações, uso de espaço público e etc, são indescritíveis.

Ao aderir ao projeto do oposicionista Sérgio Machnic, Adriano apenas leva o grupo do Podemos, como insere também o Novo e o PRTB. O D.C., que decidiu aceitar as benesses do dono do cofre municipal, ficou sem boa parte de seus pré-candidatos que seguem Adriano e dificilmente conseguirá formar chapa para a proporcional. Mas o preço pelo ostracismo, deve ter valido a pena.

Com mais de 11 mil votos nas eleições de 2022, Adriano não agrega isso na campanha de Sérgio Machnic, mas uma boa parte do eleitorado deve segui-lo neste novo projeto.

"...O mais importante agora é a direita se unir e retirar do poder, quem ha 12 anos, comanda a chave dos cofres da Prefeitura. É hora da mudança. E de uma mudança de verdade. Estou vindo para apoiar e vou cobrar a gestão futura do Sérgio pelo cumprimento dos compromissos que fizemos pelo progresso de Primavera e acredito que vamos trabalhar juntos pelo desenvolvimento da cidade...", afirmou o ex parlamentar.

Mantendo sua coerência de tendo a inteligência de recuar em determinados momentos e avançar em outros, Adriano Carvalho tem construído uma trajetória coerente em sua essência.

Ely Leal - Redação