Demorou, mas saiu. Sessão para cassar oposição é nesta quarta, ás 9 h da manhã

A estratégia do grupo politico que domina a cidade tem a perda do mandato como ponto de partida, mas não para por aí, a perseguição vai muito além

Não há dúvidas que o vereador Adriano Carvalho (pode) é um parlamentar problemático. Se não cabe a oposição contribuir com as emenda arranjadas pelo executivo e repassada aos vereadores para fazer propaganda politica, é o papel da oposição, aqui e em qualquer lugar, a critica, a diversidade de opinião e a alternativa de poder.

O valor da oposição se dá justamente por fazer o contraponto, seja em criticas suaves, seja em criticas ferinas e mórbidas. Esse é a politica em seu mais puro estado. E nada aí é errado.

A oposição nacional refere-se a Lula como "ex-presidiário", "nove dedos", pai da corrupção e outros adjetivos não menos depreciativos, resvalando não rara vezes, até para o mau-gosto puro e simples.

Bolsonaro era o "ditador", "Fascista", "Genocida" e por aí vai.

É do jogo.

Mas a política em Primavera do Leste vai muito além. Deixa o campo político e assumes ares de S.T.F.dePva, onde a critica assume o papel, não de jogo politico, mas de crime.

Assim na mais alta corte de Brasilia, o flagrante perpétuo elimina Daniel Silveira, o jogo em Primavera não quer pontuar as falhas da oposição. Quer elimina-la. Quer extermina-la.

Finalmente foi marcado o julgamento politico do vereador Adriano. A sessão previamente combinada, carimbada, avalizada e juramentada acontece nesta quarta, no plenário, não para julga-lo.

Isso já feito nos bastidores, nas ordens emanadas do Paço Municipal.

A cassação que sofrerá na Câmara, é o menores dos males para o vereador da oposição.

No império da Lei e do ordenamento jurídico que existia no Brasil, voltaria em 3 dias com uma liminar para proteger o mandato outorgado pelos eleitores. Mas o jogo é mais bruto.

A demora foi para se preparar algo muito maior que os votos de cabresto dos vereadores acéfalos, que conquistaram e exercem o poder para serem feitorados pelos donos do dinheiros e dos cobiçados cargos a disposição. Isto não demanda tempo, exceto um "vai e faz o que estou mandando".

Evidente que essa choldra não tugi nem mugi para cumprir as ordens.

A demora é para se acertar com o poder judiciário para que o pedido de Liminar seja negada. Aí começa o jogo pesado. Senhores no microcosmo dos limites suburbanos desta urbe, a força não alcança 240 km de distância no TRE ou TSE.

Portanto é preciso se garantir para que, saindo da comarca, o tempo seja aliado da avareza.

Uma liminar estadual e federal deve demorar o suficiente para a transferência na PRF. As motivações são várias e "plenamente justificadas".

Em outra cidade, não tem como reaver o mandato.

Este é o jogo de fato.

A cassação do mandato pelos miquinhos amestrados é só o primeiro passo. E o mais fácil.

Adriano será cassado. Ponto.

O que ele fez de errado? Dane-se, quem se importa com isso?

É caso de perda do mandato, outorgado pelo eleitor? E daí? Quem se importa?

Se eles querem todo o poder, é sob terra arrasada que terão.

É o império da paz dos cemitérios.

É a politica primaverense.

Ely Leal - Redação