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Com candidato mais votado barrado pela justiça, eleição para governador teve 39% de votos anulados

  • Foto do escritor: Ely Leal
    Ely Leal
  • 5 de out. de 2022
  • 2 min de leitura

Eleição no Sergipe é o retrato que deve acontecer em Primavera do Leste com os 5.771 votos dados a Luizinho Magalhães (PP)

No último domingo (2), Sergipe teve a maior proporção de votos nulos do Brasil na disputa para governador: 39,78%. Rogério Carvalho (PT) e Fábio Mitidieri (PSD) avançaram ao segundo turno, mas a votação de nenhum deles superou as 542.062 anulações.

Quatro dias antes da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrou a candidatura de Valmir de Francisquinho (PL), seguindo o Tribunal Regional de Sergipe, que o declarou inelegível com base na Lei da Ficha Limpa.

O caso do candidato a Governador do Sergipe é similar ao caso do Vereador de Primavera do Leste pelo PP, Luizinho Magalhães. Perdeu em todas as instâncias e está recorrendo ao TSE, mas os votos que ele recebeu deverão ser anulados. Por enquanto estão "sob júdice" ou congelados.

Líder nas pesquisas de intenções de voto, , o candidato a Governador, recebeu mais de 450 mil votos, que foram considerados nulos, contribuindo para o elevado índice.


Linha do tempo


Em agosto de 2019, Valmir de Francisquinho foi condenado por abuso de poder político e econômico, decisão que o tornava inelegível por oito anos.

No início do último mês de setembro de 2022, quando já concorria ao governo do estado, foi declarado inelegível pelo TRE-SE com base nesse processo. Na quinta-feira (29), a candidatura foi barrada pelo TSE.

Como não havia tempo para a exclusão de seu nome das urnas eletrônicas, os votos que Valmir eventualmente recebesse seriam considerados nulos.

Além disso, ele ficou impedido de usar seu tempo no horário eleitoral gratuito e os recursos do financiamento partidário. Na véspera da eleição, foi retirado do sistema de apuração.


Consequência na disputa


Durante a campanha, seus três principais oponentes ao cargo, Rogério Carvalho (PT), Fábio Mitidieri (PSD) e Alessandro Vieira (PSDB) tentavam reverter os votos que supostamente seriam depositados em Valmir, afirmando que o candidato estava inelegível mesmo antes do início da campanha.

Os discursos se intensificaram na reta final, com a decisão judicial às vésperas do pleito. Mesmo com a divulgação de que os votos em Valmir seriam anulados por seus concorrentes, o candidato do PL seguiu na liderança das intenções de voto.

No domingo, o Carvalho avançou ao segundo turno na primeira posição, com 44,7% ou 338.796 votos. Em seguida, Mitidieri teve 38,9%, com 294.936 votos. Mais atrás, Vieira recebeu 82.495 votos e não passou dos 10,8%.

De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral, Valmir de Francisquinho recebeu 457.922 votos, quantia superior a qualquer um de seus concorrentes. Como foram considerados nulos, o Sergipe teve a maior taxa de anulação do país: 39,78% dos eleitores, ou 542.062.


O que acontece agora?


Dois dias após a eleição, Valmir afirmou em suas redes sociais que saiu com a cabeça erguida da situação. “Se não fosse tudo isso, teríamos ganhado no primeiro turno”, declarou.

A campanha aguarda um novo julgamento do caso pelo TSE, com a expectativa de que entre em pauta ainda nesta semana.

Esse julgamento é pelo embargo de declaração infringente referente ao julgamento do dia 23 de junho. Os advogados de Valmir pedem que seja revista a decisão de condenação pelo abuso de poder econômico e político.

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