top of page

Últimas Notícias

Ely Leal

Biden proíbe importações de petróleo e gás russos aos Estados Unidos

Atualizado: 11 de abr. de 2022

Biden afirmou que a mais nova medida a impor custos à Rússia pela guerra foi tomada após consultar aliados, como países da União Europeia

No dia em que entrou em vigor o temporário cessar-fogo para resgate de civis na Ucrânia, novas sanções dos Estados Unidos contra a Rússia foram anunciadas nesta terça-feira (8). O presidente norte-americano, Joe Biden, proibiu as importações de petróleo e gás natural da Rússia.

Biden afirmou que a mais nova medida a impor custos à Rússia pela guerra foi tomada após consultar aliados, como países da União Europeia. O presidente disse entender que este movimento pode aumentar o preço dos combustíveis no mundo, incluindo nos Estados Unidos.

“Nós entendemos que a guerra de Putin está causando danos e elevando preços, mas isso não é desculpa para que as empresas explorem os consumidores americanos. Este não é o momento de obter lucro em cima da situação”, pontou Biden, acrescentando que as empresas que “estão saindo da Rússia estão dando exemplo para outras”.

Antes de o presidente norte-americano falar, o Reino Unido também anunciou novas medidas e decidiu encerrar até o final do ano a importação de petróleo russo. Os britânicos informaram que buscarão alternativas para o abastecimento e que as empresas devem se preparar para este período de transição para que os consumidores não sejam afetados.

As novas medidas podem gerar reação dos russos. Na segunda-feira (7), um alto funcionário russo disse que o país planejava cortar o fornecimento de gás natural da Europa em resposta a proibições de importação de petróleo.

“Em conexão com as acusações infundadas contra a Rússia e a imposição da proibição do (gasoduto) Nord Stream 2, temos todo o direito de tomar uma decisão espelhada e impor um embargo ao bombeamento de gás através do gasoduto Nord Stream 1, que hoje funciona com 100% da capacidade”, disse o vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, sobre a decisão dos reguladores alemães no mês passado de interromper a certificação do segundo gasoduto da Gazprom, Nord Stream 2.

A Rússia fornece cerca de 40% do gás da Europa. A Alemanha, a maior economia do bloco, depende da Rússia para quase 50% de seu gás natural.


Corredores humanitários


A Rússia anunciou uma nova tentativa e cessar-fogo nas cidades ucranianas de Kiev, Chernihiv, Sumy, Kharkiv e Mariupol. A interrupção dos ataques aconteceria às 09h no horário local (04h no horário de Brasília) da próxima quarta-feira (9) e teria o objetivo de possibilitar a saída de refugiados do país e a chegada de ajuda humanitária.

Já nesta terça-feira (8), o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que um cessar-fogo permitiu que cinco corredores humanitários fossem abertos para a retirada de civis. Além da capital, Kiev, os corredores foram formados em Sumy, Cherhihiv, Kharkiv e Mariupol.

As forças russas afirmaram que interromperam os ataques nos locais das rotas por volta de 9 horas no horário local — 4 horas de Brasília.

No entanto, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia, Oleg Nikolenko, afirmou no Twitter nesta terça que forças russas bombardearam uma rota de evacuação para civis presos em Mariupol. A Rússia não se manifestou sobre a acusação.

A chefe de direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet, pediu nesta terça que os civis presos possam sair em segurança. “Repito meu apelo urgente para um fim pacífico das hostilidades”, declarou.

“Não desistiremos e não perderemos”, diz Zelensky ao parlamento do Reino Unido

Em um pronunciamento feito por videoconferência ao Parlamento do Reino Unido, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que os ucranianos “não desistirão” e “não perderão” a guerra, que foi iniciada com a invasão russa no dia 24 de fevereiro.

Dirigindo-se ao parlamento britânico e ovacionado de pé em uma câmara lotada de legisladores, Zelensky documentou a invasão russa dia a dia, listando as armas usadas, os civis mortos e aqueles que ficaram sem comida e água.

Falando diretamente ao premiê, após agradecer a ajuda já enviada, Zelensky cobrou que Johnson imponha sanções mais duras e reconheça a Rússia como um Estado terrorista.

Comments


bottom of page