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Ely Leal

Apesar de altíssimo investimento, Léo vai bater chapa com Neurilan por AMM no voto

Presidente do Tribunal de Justiça de MT decide que Judicialização excessiva por parte de Léo Bortolin atrapalha a AMM, reconhece candidatura de Neurilan e viabiliza disputa no voto

Não adiantou as caríssimas viagens de avião pelo estado. Não surtiu efeito os investimentos em publicidade na mídia estadual e local. Não teve efeito positivo a contratação de milionária banca de advogados. O Prefeito de Primavera do Leste, Léo Bortolin (MDB) vai bater chapa na disputa pelo voto dos prefeitos na eleição da AMM (Associação Mato-grossense dos Municípios).

E isso é altamente desvantajoso para o alcaide primaverense.

Com uma chapa composta por alguns Prefeitos investigados por denuncias de malversação de recursos públicos, Léo desistiu de correr atrás dos votos dos Prefeito há duas semanas, quando retornou a direção do executivo municipal da licença de 60 dias que recebeu para fazer a campanha. Tendo ainda vários dias para usar da licença.

Sabia que no voto suas chances eram mínimas.

E apostou todas as fichas na judicialização, mesmo sabendo que os poucos votos que conseguiu poderiam se perder nessa estratégia. Prefeitos, via de regra, não gostam de judicialização, já que muitos enfrentam isso em seus mandatos.

Mas era a única forma de ele conseguir o cargo que iria lhe dar visibilidade politica no estado em 2025 e 2026, quando já fora do cargo de Prefeito, pretende pavimentar sua candidatura a deputado.

Investiu pesado na estratégia. Foi um festival de liminar derrubando a candidatura do seu opositor Neurilan de manha, liminar que caia a tarde. E assim sucessivamente.

Até que o caso foi para no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, onde continuou a estratégia de obter liminar e derrubar liminar.

Enfim um processo chegou nas mãos da Presidente do TJ-MT.

A desembargadora Clarice Claudino decidiu que a chapa "União: Municípios Fortes", encabeçada pelo candidato Neurilan Fraga, vai concorrer normalmente na eleição que acontece na próxima segunda-feira (02/10) e mais. Vai concorrer sem estar "Sob Judice". Ela suspendeu a liminar anterior.

A manifestação da Presidente do TJ-MT se deu na ação que foi proposta pelo município de Nossa Senhora do Livramento que apontava três (3) situações.

1º) - A Judicialização da disputa pela AMM, feita por Leonardo Bortolin atrapalhava a normalidade dos serviços prestados pela AMM, que pode ser irrelevante para os municípios maiores e mais ricos, mas é fundamental para municípios pequenos e sem tantos recursos, como é o caso da cidade de Nossa Senhora do Livramento.

2º) - Por ser uma disputa dentro de uma entidade integrada por municípios, o "foro" adequado seria tramitar nas Varas da Fazenda Pública, no município de Cuiabá.

3º) - Léo Bortolin enquanto pessoa física não é filiado a AMM, mas sim o município de Primavera do Leste. Por isso, ao judicializar em nome próprio, o prefeito não tem legitimidade para questionar decisões administrativas da AMM. Esclarecendo que este não foi o fundamento da decisão, mas auxiliou no restabelecimento da ordem pública.

A Desembargadora entretanto manteve uma decisão que se tinha como favorável ao Prefeito Léo, pode na realidade lhe trazer ainda mais perda de prestígio. A intervenção na Comissão Eleitoral da AMM, que era presidida pelo Prefeito de Chapada dos Guimarães.

Ocorre que o interventor nomeado pelo Juízo da 7º vara cível é o advogado Naime Marcio Martins Moraes e ele é simplesmente o pai do ex deputado Ulysses Moraes, um dos mais ferrenhos desafetos do Prefeito Léo Bortolin.

Com todos os fatos, esclarecidos, é possível vislumbrar que a candidatura de Léo Bortolin para presidente da AMM, caminha para uma derrota acachapante, e que na hipótese aventada mostra que os altos investimentos feito na estrutura de campanha, na mídia e na banca de advogados, podem se revelar ao final, de uma imensa inutilidade.




Ely Leal - Redação




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